quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pior que o bicho-papão



Escondo-me para a tristeza não me achar, fico debaixo da cama se precisar.
Enfrento piratas, fantasmas e monstros espaciais, mas não sou páreo para a tristeza, pois ela é implacável.

Quando a vejo chegar, não adianta correr, mesmo se eu estivesse 10 kg mais magro, não teria chance....é quase tão rápida quanto à luz.

Não sei por que ela implicou comigo, deve ser alguma birra antiga, ela nunca me esqueceu. Parece até bullying, mas deve ser só impressão.
A tristeza me fareja como um cão em busca de carne .

Não há escapatória...e quando ela chega, a escuridão toma conta, rouba toda a luz do mundo e fico praticamente cego.

Mas existe uma fagulha dessa vela chamada esperança, que cisma em ficar acessa apesar de toda a escuridão que rouba sua força.
Não sei por que ela persiste...falhando a cada investida da
tristeza, a chama tende a apagar.

È ruim não ter esperança, esperar por um milagre sempre no dia seguinte, imaginar o impossível que para muitos é normal.
È ruim não ter esperança, pior ainda é sentir a tristeza se apossando mais e mais, e não ter certeza do que esperar no futuro.


Eu fujo da tristeza, nem que seja de barco ou avião. Quero estar fora do território dela, ser extraditado para a normalidade, queria encontrar um caminho definido, um mapa para fora da loucura, um caminho de pedras que pelo menos tenha uma recompensa.
Gostaria de ter um meio, para saber mais ou menos como vai ser o fim;

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