quarta-feira, 8 de junho de 2011

Alienação central pela esquerda, virando a direita.


Somos alienados desde pequenos. Temos opiniões forjadas a partir de outras. Não tem esquerda, direita , centro...são só esboços de opiniões. A realidade é diferente de toda a teoria.

Não temos certezas de nada, mas batemos o pé sobre opiniões de terceiros. Somos arrogantes ao dizer que sabemos muito, mas não sabemos quase nada.
Nossos fundamentos são alienados. Nossas opiniões são mais copiadas que as versões do Windows. Nada é concreto. Nenhuma opção é a verdadeira. Existem diversos caminhos e nenhum é o único.

Temos nossa opiniões moldadas constantemente. Temos a certeza de estarmos certos. Somos apenas um esboço do que seria a verdade.
Todo nosso conhecimento é conduzido e nossa certeza da verdade é apenas uma opinião. Dormimos com as certezas, e a aquela louca sensação que achamos que se chama “razão”.

Não há sentido se parar para raciocinar. O sentido por si só é ambíguo e escravo das vontades. São as sensações que amordaçam o conhecimento que temos, e não é possível discernir o que é a face da realidade e o que é real.
A direita está um pouco torta, a esquerda está um pouco sem nexo, o centro está fora do eixo.

Ao lado vemos os partidários esbravejando sobre as razões de seus conflitos. Suas bandeiras estendidas estão manchadas apesar de clamarem a sua pureza de ideias. TodosT tão cheios de razão, e as certezas do mundo se fazem ao redor. Em tamanho discurso, não param para raciocinar, que o próprio raciocínio é falho, quando pensam na velha máxima :”Errar é humano!”, e se abdicas de errar, o que tu serias então?

Euforia estranha.



Pode a libido enfrentar a tristeza? O impulso quase irracional que abala a noção existencial em que cerca o ser? Como pode esquecer-se de todas as dificuldades e intempéries em que vive?

O equilíbrio vivido é tênue, e se modifica por simples transmissores. Captar todas as modificações, reações e mudanças ao redor. Há um uivo por dentro dessa pele. O mundo se modifica com seus sabores e modos. A funcionalidade de tudo ao que sentia era abstrata e incomodava para reacender como uma fênix.

Levanta de forma sublime dessa tumba inerte. Por causa de impulsos. Reações contrárias a sua própria existência criadas pelo seu próprio ego.
Novas formas se constroem ao seu redor, novas possibilidades. Parece outro mundo, outra dimensão. Mas não é.

É o mesmo lugar que antes era o suplício. E são situações imediatamente opostas. Por livres impulsos. Pequenas captações da vida em forma de eletricidade e o que era cinza se torna mais claro.

Mas será apenas uma fase, ou ainda uma forma de enganar-se, ludibriando-se nessa libido? Na forma em que existe, e na forma como se criou, é a esfera em que vive e respira. É a forma que sempre desejou ser, quase irracional. (E extremamente racional)

Cabe mais do mundo em seu ser, ou esquece-se de tudo que viveu pelos ares que respira atualmente? Novas rotas são traçadas e os planos mudaram, mas as metas continuam as mesmas. As metas que sejam até o fim as mesmas.

Esse sentimento de euforia, que as vezes parece descabido, toma força e se cria como se tivesse vida própria. Estranha força, vida estranha.

Nossa Prisão.


Os tijolos da prisão se formam para proteger quem esta fora. Os tijolos da casa se formam para proteger quem esta dentro. A pele que recobre o corpo se constitui para proteger os órgãos. A proteção pode ser uma incógnita de duas faces.

A proteção pode vir a ser uma prisão. O espaço aberto não faz o pássaro ser livre, tampouco suas asas. O que o faz ser livre é sua vontade, sua natureza.
Nossa prisão é a nossa limitação. Nossos medos. Nossos pequenos casos quase irracionais.

Nossas vidas perdidas em pedaços e retalhos. As faces de mentiras, tanto para outros quanto pra si. A maior prisão que existe reside em nós. Tampouco temos a chave que imaginávamos. Os grilhões pesam mais que toneladas. Só podemos amaldiçoar e maldizer. (sim, de forma errônea)

Só temos as nuvens para admirar, porque a liberdade que pensamos possuir é ilusão. Ilusão convertida em esperanças , preces e metas. Mas que nunca serão. Tijolo por tijolo. Moldamos a prisão, tijolo por tijolo, e imaginamos que protegemos de quem esta dentro não saia. Talvez o verdadeiro mal já esteja fora, por ai. E dentro, de uma forma perpetua e que perdura mais que na pele.

Temos a prisão perpétua para cumprir, temos a pena capital no final. Nessa pele não há escapatória, e dessa realidade não existe escapatória. A prisão está formada, e perpetuada em nossas mentes. Nossos pequenos passos, nossos pequenos interesses. Nossa prisão.