terça-feira, 29 de maio de 2012

Extremismo efusivo!



Não se acomode e saia do limbo! Desocupe seus aposentos, pois seus dias de favores se encerrou. Acabou de começar uma nova jornada, esteja apto para ficar ou ir.
Olhe por dentro dessa pele, sinta por dentro da carne o vazio pertinente de todas as coisas sem sentido que se faz para passar o dia. Pessoas extremamente efusivas, e suas conversas desinteressantes sobre qualquer coisa.

Olhe por dentro de seus olhos, verá apenas fragmentos de uma vida. Razões que se formam ao bel prazer no dia a dia frente a necessidade imediata. Razoes que mudam constantemente.
Perdemos a noção do que é a vida, ou simplesmente criamos respostas para perguntas que nós mesmos criamos sem uma necessidade intrínseca da pergunta  realmente existir.

Talvez nunca tenhamos tido a noção real do que somos, cada um de nós, em sua simples e única vida. Nos aclamamos por sermos superiores aos animais por primar o raciocínio...mas quantos realmente raciocinam? Existe um arremedo de inteligencia e um oceano de erros e comodismo. Não somos melhores que qualquer animal.

O fogo é fátuo, a atenção é efêmera. Enquanto isso a beleza que enxergamos diz mais do que realmente somos. A atenção é dada para o mundano, as coisas belas que o tempo destruirá e deixará desinteressante para os mesmos que aplaudem hoje. A Atenção é algo que some em segundos. 

O assunto em pauta não parece ser interessante, quem se importa com o que acontece ao mundo, a não ser que atinja-o de forma imediata? Ainda se vislumbra a imagem. A fome não está só na desnutrição corpórea e criada por homens ambiciosos... a fome está em algo que podemos chamar de “alma”.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Revolucionário teóricos.


Revolucionários teóricos, com suas bandeiras hasteadas no quartos. Reclamam de quem não concordam, chamando-os de reacionários. Idealistas que são cheios de ideias que não praticam. O que falta para porem em prática suas ações? Qual estopim que esperam explodir?

Revolucionários que não revolucionam. Mentes geniais que não decolam. Humanistas acomodados. Precisam de inspiração da classe dominadora. Precisam de novos confortos.
Há os revolucionários utópicos, que acreditam que o ser se autogoverna e que o carácter de diversas pessoas não será convertido a brutalidade, aquelas mesmas pessoas que precisam de outras pessoas dizendo o que não podem fazer, que precisam de incentivos para fazer o que deviam fazer naturalmente ( ou logicamente ).

Pessoas que não se importam nem mesmo com entes que deveriam ser "queridos".
Utópicos e surreais! Como conseguem ser mais reacionários que aqueles que reclamam? Saber e se manter calado. Omissão, que beira a perversão. Quão revolucionários são os revolucionários de sofá? Teóricos raivosos da internet! Sua revolução de idéias não saem de suas próprias cabeças.



Quero deixar de me importar.



Infelizmente desacredito do caráter das pessoas. Amargo um sentimento desolador de compaixão que deve ser combatida com o mais feroz e puro veneno. Acredito demais no amor, de uma forma que é inconcebível imaginar que seja real. Acreditar em situações que não deveriam existir. Falhar em situações que não deveriam existir.

Sofro pela perda de minha humanidade. Sofro pela perda de algo que me faria ser mais humano. Sensibilidade a flor da pele só arrasta o sofrimento que o tempo não consegue levar e esquecer.
Queria não me importar com alguém que não pediu para que eu tivesse qualquer tipo de preocupação. Queria deixar de me importar por todos aqueles que não se importam comigo. Sobreviver em um mundo egoísta é o que tenho que aprender, antes que esse mundo me engula ( se já não o fez!).

Desacredito no que é feito. Desacredito da boa ação que deveria fazer a roda do mundo girar. Sinto muito por não querer sentir mais. O peso do dia se curva sobre minha cabeça. Quero poder fechar os olhos e esquecer. Imaginar ser tão frio quanto o inverno da Finlândia. Meu mundo se torna cada vez mais desolado.

Só queria ter essa fé renovada de que pode se ter realmente bons sentimentos a solta, onde o altruísmo seja confundido. Queria por um minuto, imaginar que não preciso petrificar meu coração ou me retirar desse mundo pelas portas dos fundos...

sábado, 19 de maio de 2012

Nulificação do ser.



A nulificação do ser vem em coletivo. Massificação de informação e comodismo, são as palavras em voga. “Zona de conforto”, nunca foi tão confortável como é hoje, e nunca foi tão zona!
A sapiência é doutrinada, e por fim limitada. O livre pensar é taxado e os erros humanos são catalogados e generalizados. Duplipensar se tornou uma forma de violência com o que existe preestabelecido, desse ser paradoxal.

A inteligencia talvez tenha valido algo, algum dia, mas hoje vive refém do mundano cotidiano.
Torna-se necessário anestesia cerebral, ou um antidoto intelectual para todas as barbáries que se encontra. Uma lobotomia talvez, uma pequena incisão no córtex para liberar essa celeuma.

Acaba sendo um velho bandido, com todos os antagonistas a solta para enfrentá-lo, afundando-o sobre suas próprias limitações e redundâncias. Um inimigo público declarado pelo que pensa e age. Uma forma de vida alienígena perante a todos. Aliena-se por fora do padrão estereotipado em consonância com o que se mostra no popularesco, e sofre por isso. 

A nulificação do ser se forma como opção, a não existência fora do padrão. A transgressão do mundo não pode ser feita sem sequelas. O mundo comum rói seus sentimentos e pensamentos. Como é difícil encontrar vozes que clamem pelo mesmo tom. Basta ser nulo em perspectivas para viver nesse mundo caótico que jura ser correto.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Coração compulsivo.



Coração compulsivo que arde, se tritura, acelera-se involuntariamente a vontade do dono. Ele na verdade não para ( antes fosse ), ele se castiga, se fatia, se digere, sem qualquer compensação ou abono.
A vida lhe parece estranha, coração anda bombeando maior fluxo sanguíneo por excitação hormonal. Não que isso seja bom. Apenas está fora do normal.

Coração precisa descansar um pouco pois, anda castigado, extirpado, açoitado!
Monte de músculos absorto em sangue, palpita sem parar a todo momento, apanha mais do que bate, diversas vezes nessa vida, várias vezes por segundo.

Sentimento de se importar demais, é que te magoa mais. Sentimento de se dispor sempre por outrem, é que te ilude demais. A força se desprende, e a razão não faz mais tanto sentido. Só o coração que arde, se tritura, se degenera, putrifica, apenas , nada a mais.
Só uma dose de culpa, o faz ficar assim. Doses de lamúria e arrependimento sem fim. Apenas um coração que bate de forma chinfrim.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Eu acredito em conto de fadas...!




....E quando o final feliz não é o seu?....

Existe a supervalorização nas pessoas. O encontro da verdade sempre machuca. A verdade é algo indigesto.
Colocamos pessoas em pedestais. Criamos expectativas exacerbadas, e para que? Para nos defrontarmos com a decepção.

Ainda sim, podemos acreditar em contos de fadas ( mesmo que só aconteça com outrem ). Temos que acreditar no final feliz, nas curvas do destino...em todos os erros que chegam ao objetivo.
É difícil saber como é ter a sensação da qual sempre esperou para sentir. É difícil imaginar um final feliz quando tudo é cinza e a vida tende a mentir.

Mas há! Um mundo melhor no horizonte. Mesmo que esse mundo precise fatiar seu coração, seu ego, e tudo mais que você ache que importe.
Mas o mais importante é saber que existe um final feliz para alguém. Tão feliz como em um conto de fadas ( de outrem ).

Quando o imaginário se torna tão real, mesmo que essa realidade seja contra a sua, deve-se admirar algo tão mágico e estranho, como é a vitória de um indivíduo sobre todas as diversas dificuldades.
Deve-se dizer que se acredita na luz no fim do túnel, mesmo que veja essa luz pela perspectiva de outra pessoa no qual sentimentos não passam impunes. A dor da perda deve ser apaziguada pela sensação de que existe algo melhor para todos a quem se ama e há sentimentos a que se compactua.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

{ } ( Não é o bastante )

Andar não é o bastante. Acordar e dormir não são o bastante. Trabalhar, namorar em si não é o bastante. Há mais dúvidas que se possa imaginar, e o sentimento de que falta algo a mais.

Nada disso é o bastante. O cotidiano entediante não é o bastante.
O prazer do sexo não é o bastante. A satisfação no amor, não é o bastante. Sempre faltará algo.

Ídolos e seitas não entram em sua mente, pois não é o bastante. O álcool e demais entorpecentes não são o bastante. Apenas o sentimento de algo vazio. O vazio em si. A ausência de algo maior. A sensação conflituosa da percepção da existência e da capacidade de raciocinar para elucidar os fatos. Resta apenas aquela sensação de raciocínio sofista. E imaginar que tudo que se pensa possa vir a ser uma falácia, baseando-se em que tudo que se vivencia e se experimenta não recorre à lógica que gostaria que tivesse.

O maniqueísmo que se modifica em concepções do que é (e quem é) realmente bom ou mal de diversas perspectivas pessoais, não atendem mais a necessidade primordial de certo individuo. Apenas o vazio e a capacidade de não se compreender o contexto total e muito mais complexo da irritante simplicidade do mundo.
O conjunto vazio nunca foi tão pertinente nessa equação como agora {}. O abismo pessoal, que olha para dentro de si, em uma enorme onda de indagações.
E tudo mais não é o bastante. O universo e todas as funções dentro da equação não são o bastante.
E o que será o bastante?


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Um sentimento sincero.



Quero o sentimento mais profundo, que ninguém pode conceber.
Quero minha imaginação mais livre que a ilusão de liberdade que eu possuo. Quero olhar no abismo e vê-lo me admirando.

Voa pra longe minhas indagações e incertezas. Voa para lugar nenhum.
Quero a sensação de ser humano e ter um dia qualquer de alegria. A sensação da mortalidade no cerne. O corte na carne provocara medo. O instinto de sobrevivência fala mais alto que a loucura.  

Quero amor, pois sexo já se tem a venda e para alugar.
Quero a cumplicidade inocente, a vigília pelos passos do próximo, o respeito tão grande que chega a ser exacerbado e um tanto inexplicável. Quero o carinho sem pressa, as conversas longas sobre o indefectível nada! Rir sem motivos é melhor que ter que sempre procurar piadas e fotos engraçadas pela internet.

Não acredito na utopia da Anarquia, da realização de todos os sonhos, de planos populistas, falsos personagens fantásticos, frases feitas, mas quero acreditar que existe amor verdadeiro. Um amor tão forte quanto de mãe para filho. Quero acreditar em um amor sincero, pois se não puder acreditar, o que resta?