sábado, 24 de novembro de 2018

Na Pior de Paris a Londres

Como sobreviver quando sua vida pouco vale ( quase nada )?
Não ter condições de comprar uma sacola de peidos contaminada,
Na pior de Paris a Londres. Sem big brother, vai mal em qualquer cidade,
Pois bem, escolheu nascer na capital da desigualdade,


Embalado nos contos fantásticos de sucesso das meritocracias,
Os exemplos são espetaculares, sem focar nas discrepâncias,
Continuam sendo fábulas de 1% do total dos que ralam,

E aqueles que se mataram para conseguir, não se perguntaram: Precisa ser realmente assim?
Não evoluímos como sociedade? As tecnologias incorporadas pelas cidades, perduram a desigualdade,
Só servem para subtrair tudo que podem: ouro, petróleo, sangue e suor;
Deixando as pessoas cheias de amarguras, mostrando o que se tem de pior.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Rimas Certas

Como não escrever sobre o amor?
Ou sobre as mazelas da dor?
Tão difícil achar rimas certas,
Mas é preciso atingir tais metas,
E no que concerne o mundo no qual se dorme,
Como pode ser rico e ignorar a fome?


Como podem não sentir a dor dos desvalidos?
Dia a dia sendo sempre massacrados.
Chego a pensar que viver melhor,
Seria sem sentir amor e dor,
Nenhum sentimento qualquer,
Nem alegria, nem tristeza sequer,
O ideal é sermos pedras ou rochas frias,
Sofrendo as intempéries das maresias,
Vivendo inerte, catatônicas, acéfalas matérias carbônicas...