quarta-feira, 8 de junho de 2011

Nossa Prisão.


Os tijolos da prisão se formam para proteger quem esta fora. Os tijolos da casa se formam para proteger quem esta dentro. A pele que recobre o corpo se constitui para proteger os órgãos. A proteção pode ser uma incógnita de duas faces.

A proteção pode vir a ser uma prisão. O espaço aberto não faz o pássaro ser livre, tampouco suas asas. O que o faz ser livre é sua vontade, sua natureza.
Nossa prisão é a nossa limitação. Nossos medos. Nossos pequenos casos quase irracionais.

Nossas vidas perdidas em pedaços e retalhos. As faces de mentiras, tanto para outros quanto pra si. A maior prisão que existe reside em nós. Tampouco temos a chave que imaginávamos. Os grilhões pesam mais que toneladas. Só podemos amaldiçoar e maldizer. (sim, de forma errônea)

Só temos as nuvens para admirar, porque a liberdade que pensamos possuir é ilusão. Ilusão convertida em esperanças , preces e metas. Mas que nunca serão. Tijolo por tijolo. Moldamos a prisão, tijolo por tijolo, e imaginamos que protegemos de quem esta dentro não saia. Talvez o verdadeiro mal já esteja fora, por ai. E dentro, de uma forma perpetua e que perdura mais que na pele.

Temos a prisão perpétua para cumprir, temos a pena capital no final. Nessa pele não há escapatória, e dessa realidade não existe escapatória. A prisão está formada, e perpetuada em nossas mentes. Nossos pequenos passos, nossos pequenos interesses. Nossa prisão.

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