sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Nosso Valor/Hora.


Contabilizamos erradas nossas horas vendidas, levamos em conta o percurso de ida e volta, mas geralmente não incluímos essa conta no "pacote".

Vendemos parte do nosso dia, e grande parte da vida a terceiros, para saciar funções básicas da vida ou até mesmo para sustentar pequenas ou grandes futilidades. Somos partes que compõe o capital de giro sendo a personificação do próprio capital e da força motriz. Entre as poucas horas que nos sobram do dia, muitos de nós vivem longe de seus empregos e perdem de 45 minutos a 3 horas no trajeto para ir à labuta.

Um cansaço repetitivo, que aos poucos cansa o corpo e a mente daqueles que já são tratados geralmente como eternos subalternos, e acabam se sobrecarregando (antes e depois do trabalho). Poucas empresas de grande porte realmente se preocupam com o percurso de seus funcionários, e só tem em conta da forma negativa (custo com vale-transporte). Infelizmente não podemos sobreviver sem a chibata do carrasco diária, mas podemos visualizar os “menos piores ” empregos.

Imaginamos que trabalhamos seja 170, ou 220 horas ao mês, mas na verdade contabilizando o tempo gasto com o trajeto, vendemos cerca de 200, ou para quem trabalha aos sábados uma diferença mínima de 30 horas a mais no acréscimo. Imagine contabilizar isso em suas horas trabalhadas! Se ganhas R$ 30,00 a hora, ganharia cerca de R$ 4800,00 – menos impostos... E quanto desse tempo vendido a terceiros foi perdido? Quanto do seu tempo perdido foi aproveitado para seu benefício próprio. Não somos escravos; somos eternos servos!


Servos de nossas ambições vazias, servos de nossa vontade de sempre querer mais, sem saber para que utilizar e porque tanto sente necessidade de querer.