terça-feira, 20 de março de 2012

A Paixão Não Sabe Esperar.



A paixão não sabe esperar. O amor se perde pelos caminhos da pressa. Sobra só o esquecimento e nomes perdidos.
Os sorrisos não tem mais graça, a amizade não tem cor.

Parece que as metas continuam as mesmas, mesmo sendo outros os planos. A flecha disparada é quase impossível de ser interceptada, as palavras ao vento são guardadas aos sussurros.

Quero acreditar em byronismo, mas sobra apenas sequelas. O incomodo na pele não é dos mosquitos impertinentes, nem da tosse da terceira idade...o verdadeiro incomodo se esconde sobre a pele e sabe isso de cor.

Só quem há de suportar a dor para mensurar. Nada como um tiro depois de outro. Só quem há de suportar a dor para mensurar, para viver na sombra dos sábios ignorantes.

Existem poucos amores na vida. Amores de momento, o amor próprio, o amor de mãe e os amores que não sabem esperar, tropeçam no desespero e imediatismo e cores destonantes.

O amor de agora, no momento vale mais porque é feito desse momento. O amor dos desesperados que vivem para sempre como errantes.

domingo, 18 de março de 2012

This is it?



Então é isso?

Trabalhar, estudar, se entreter, e no meio de toda essa demanda vem a contestaçao...é só isso?
Realizar debates ferozes sem objetivos claros, procurar respostas em religiões e dogmas pré-históricos, e ainda sim se pergunta....é só isso?

Deve-se acreditar na recompensa divina e na meritocracia advinda? Ter, ser, inverter, perceber...todos as funções e ações para não chegar a conclusão nenhuma.

Apesar de todo o tempo ocupado, e menos de um segundo para raciocinar e perceber: É só isso?
Apesar de tanto mistério e indagações que cobrem o ser humano, ainda sim sobra aquele sentimento de “de forma misteriosa, é tudo tão coeso e nonsense!”

Sonhar, imaginar os mistérios que se aguardam, imaginar os obstáculos a serem alcançados...mas e depois? Tamanho esforço esbarra nos limites da imaginação. Tudo que podemos ou devemos ser. Todos os desígnios guardados a nós, e algum momento, no último suspiro (ou em qualquer suspiro), o que se tem a pensar é: "Então é isso?"

quinta-feira, 8 de março de 2012

Ibope que dilacera a mente.



O ibope dilacera a mente. Destrói o pensar e a personalidade. A nulificação do pensar se comprova pela futilidade em cena, na tela, e no bombardeio de propagandas.


A cada capítulo de Big Brother, o cérebro vai se consumindo, se devorando...atrofia pela ineficiência e falta de exercício minimo. 
Os neurônios se tornam lentos, os axônios começam a falhar em suas sinapses....

A cada dia de Globo sendo assistida, a cada ponto de ibope, uma multidão de pessoas tem seu cérebro sendo tragado para dentro de um buraco negro, com a gravidade mais densa que a do Sol. Pior que uma úlcera, é a ignorância transmitida para Antenas Parabólicas e cabos coaxiais.

terça-feira, 6 de março de 2012

Zumbi pós-moderno.



Não fumo.
       Não bebo.
               Não cheiro.
                     Não dou o toba.
Eu trabalho! 

Me alimento, defeco 3 vezes ao dia, me banho pelo menos 2 vezes ao dia e durmo cerca de 4 horas.

Muito prazer, 
Sou um Zumbi pós-moderno! 
Em que posso ser (in)útil?

A favelização tecnológica nossa de cada dia.


A origem do termo em português brasileiro favela surge no episódio histórico conhecido por Guerra de Canudos. A cidadela de Canudos foi construída junto a alguns morros, entre eles o Morro da Favela, assim batizado em virtude da planta Cnidoscolus quercifolius (popularmente chamada de favela) que encobria a região. Alguns dos soldados que foram para a guerra, ao regressarem ao Rio de Janeiro em 1897, deixaram de receber o soldo, instalando-se em construções provisórias erigidas sobre o Morro da Providência. O local passou então a ser designado popularmente Morro da Favela, em referência à "favela" original. O nome favela ficou conhecido e na década de 1920, as habitações improvisadas, sem infraestrutura, que ocupavam os morros passaram a ser chamadas de favelas

As favelas nasceram a mais de 130 anos no Brasil, com o fim da escravatura, os negros que deixavam de morar nas fazendas e senzalas, primeiramente tentaram viver em cortiços, mas com reformas nas vias publicas foram sendo expulsos desses lugares e montaram moradias em encostas de morros e nas periferias de grandes cidades. Sem o mesmo direito que os brancos, sobreviviam com migalhas em meio ao subtratamento que recebia como pessoa humana, por causa da tonalidade de sua cútis.

As favelas progrediram e se expandiram, principalmente a partir da década de 50 com o êxodo rural de trabalhadores que viam atrás de trabalho braçal que eram ofertados na expansão territorial das capitais, grande número dessa população eram migrantes da região nordeste do Brasil que historicamente encontravam abusos políticos e sofriam com frequentes secas.

A favela cresceu, o preconceito que antes era contra os "pretos", se virou também contra os "cabeça-chatas". Favelado se tornou sinônimo de uma subcategoria da sociedade. Uma aberração (que se tornou necessária) no rastro da sociedade.
Com o tempo, o favelado começou a perceber sua importância além do descaso sócio-politico, no qual sempre foi utilizado como bode expiatório para gerar votos.

O termo “favela” dito pelos próprios moradores dizia respeito a humildade, povo sem frescuras, trabalhador. A favela virou “comunidade”, ainda sim para certos segmentos da sociedade, favelado era aquela pessoa má vestida, "barraqueira", bagunceiro, e no pior dos olhos , bandido!

Há a favelização do pior termo possível, que acontece e deixam acontecer. Alimentam a ignorância e o alienamento. Restringem o máximo possível a educação e a luta de classes continua uma luta invisível no Brasil, uma luta desumana onde não sai ninguém ileso.

Mas aqueles que ali residem também auxiliam na aceitação da alienação. A falta de esperança pelo futuro se torna evidente no imediatismo, falta de planejamento familiar, culto ao “fora da lei”...é ali que o poder paralelo fica cada vez mais forte e se torna opção forte entre mentes incautas e titubeantes.

Se encontra pela internet, em redes sociais, o resultado dessa inoperância na educação. Nessa culpa reciproca de quem não cobra com quem não procura!


A favelização do pior modo possível, sendo pejorativo com uma comunidade inteira pela fama de alguns. Pequenos erros de português são só vestígios. Onde cresce o desespero é onde vive o descaso. 

A falta de perspectiva em evolução joga abaixo toda uma geração que deveria estar evoluindo com o advento da tecnologia e os acessos (mesmo que escassos) que as novas tecnologias veem proporcionando. 

A favelização da cultura, poderia ser bom, se pegassem suas melhores características...mas só demonstram o que há de pior a se mostrar.



Fonte básica para iniciar uma pesquisa:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Favela

domingo, 4 de março de 2012

Quero imaginar.


Quero imaginar que o dinheiro não é tudo.
Quero pensar que talvez não exista tanta cobiça. 

Quero pensar que nem todas as pessoas são fúteis e egoístas.
Quero imaginar que não vivo só para o trabalho e pelos luxos que a imagem me vende.
Quero pensar que tudo tem um motivo aquém de toda a certeza que querem que eu acredite.

Quero acreditar que existe muito mais do que eu tenho que saber e do que me é ensinado.
Quero pensar que não sou velho demais ou pobre demais para viver uma vida de estudos.
Quero acreditar que vou suportar todas as necessidades sem medo do futuro.

Quero acreditar que somos donos de nosso próprio destino e escolhas.
Quero acreditar que qualquer um pode ascender socialmente "bastando querer".
Quero imaginar que nada disso seja apenas fruto da minha imaginação.