sábado, 15 de março de 2014

Seria a Realidade um Sonho?




Significado de Realidade:
s.f. Existência efetiva: a realidade do mundo exterior.
Coisa real: nossas esperanças tornaram-se realidade.

Seria a realidade um sonho? Seria um sonho ser real? O que achamos que é real além das sensações que nossos sentidos e mente pode nos proporcionar? 

A sensação de ser em conjunto com outros “seres” que distingam o que é realidade e o que não é. O padrão estabelecido em base de emoções e visualizações, sentidos e por fim normas e histórias estabelecidas, todavia, apesar de tudo o que nos é mostrado persiste dúvidas milenares. Existem dúvidas próprias da consciência, que são camufladas pelas necessidades inventadas, vontade supérfluas e até mesmo pela necessidade de sobrevivência dos tempos modernos.

Poderia estar dentro de um sonho? Quem que me sonharia então? Parece absurdo, mas se pensam e acreditam em um ser onipotente que criou tudo em 6 dias e descansou no 7º, porque então não seríamos o fruto desse sono? Um sonho de um ser onipotente após estar fadigado de criar o cosmo. 

O que é a realidade então, além das percepções traduzidas por impulsos elétricos em nossa mente? Substâncias químicas interagindo: neurônios e neurotransmissores se comunicando por sinapses e construindo tudo percebemos ao nosso redor. Então qual seria a realidade para uma pessoa dita “Louca”?

A diferença que a realidade da maioria seria acachapante contra a pequena realidade de uma pessoa insana. A maioria ditaria a realidade. O que somos e como devemos ser. Nossos costumes e modos de agir. Tudo se traduz na forma como a maioria vê o mundo, e isso é induzido de geração a geração, se modificando lentamente, para que nos tornemos apenas personagens dessa história que segue sendo escrita por mãos invisíveis.

Ainda não contente com as percepções que surgem dentro do subconsciente em confronto com o consciente coletivo, onde fingimos estar acordados enquanto realmente dormimos, e quando dormimos, pensamos estar no controle dos sonhos, qual seria a realidade “real”, além do que nos é construído como simulacro da vida?

Enquanto ainda nos questionamos sobre sentido da vida, porque vivemos e se devemos adorar nosso criador (se existir), ás vezes surge à dúvida... Será que existimos? E além dessa pergunta irreal:

Seria a realidade um sonho?



segunda-feira, 10 de março de 2014

Mom, am I a sociopath?


Mamãe, sou um sociopata? 
Não dou risada com frequência dessas piadas sem graça,
Papai quer conversar, mamãe quer jogar conversa fora pela porta, 
Mas quero me entreter em um mundo irreal na minha cabeça;
O coração sangrou tudo o que podia, 
Da carne e músculo, tudo virou pedra, 
Cobram lágrimas que já não nascem nessa fonte ingrata, 

Mamãe, será que sou um sociopata? 
Me falta lugar sem olhares, 
Quero um espaço para refletir, 
Um mundo sem barulho e sem dores,
Um espaço para saber porque existir, 
Calma como uma casa de Aristocrata,

Mamãe, será que sou um sociopata?
Pedem amor, mas não sobrou nada,
Nem tesão, raiva ou graça, mas finge ser pessoa sensata, 
Ainda que seja uma pessoa amada, no peito não lhe sobrou nada,
Rir é um dos poucas fugas que se tem desse peso, 
Que curva as costas, com um mundo imenso, 
Imaginário, Atlas de mentira, mais um psicopata,

terça-feira, 4 de março de 2014

Enquanto Sobrevivemos.




Quero a vida como no comercial de manteiga, onde todos sentam a mesa felizes e sorridentes. Não devemos apenas sobreviver, subjugando um dia após o outro, tragando a indiferença com as colheres de feijão. Deve-se viver, como o ideal noticiado. Como naquele belo trecho dos livros de autoajuda. Deve-se viver, mais do apenas existir. 

De todas as cenas lindas das casas de família, onde sentam a mesa essas pessoas com caras felizes cheias de tudo, sem falar nada. Engasgadas com tudo que não podem até um dia precisar fazer uma traqueostomia para tirar tudo que havia engasgado. Não existe revolução sentado ao sofá. Não existe uma evolução tranquila com arco-íris e roda de ciranda. 

É preciso sangrar e chorar no caminho. É preciso carregar as pedras que te jogam, para depois descobrir se fará muros com tais pedras ou usará dinamite! Perambulamos no meio de uma multidão, que é um coletivo solitário. Ansiosos para consumir o que é proposto; lhe dão uma marca para comprar, e será comprado, pois o nome prece qualidade ou status quo. 

Estamos perdidos sem saber. E isso é apenas um esboço do que realmente deveria ser a vida, um rascunho malfeito que nos foi dado como bênção para ser executado no cotidiano. Coma seu pão, tome seu café, e tenha um bom dia. Não pense na vida, pense somente nos problemas imediatos que devem ser cobrados.

Como se fosse engrenado por mentes diabólicas como só um ser humano pode ser, tudo se entrelaça de uma forma que só podemos pensar nos nossos problemas imediatos, e assim progredimos com nosso individualismo que esconde o ego enorme que carregamos, e acima de tudo, somente para contrair essa ego, que vive em uma contradição, pois nunca será realmente livre e a vida que almeja é apenas um modo de sobreviver. 
A vida como deve ser vivida, só existe nos livros e filmes utópicos.