segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Terrorismo econômico na visão do leigo.


Não vou falar sobre commoditites, não vou falar sobre ações na bolsa de valores ou derivativos. Vou falar sobre terrorismo:

1) Indução do medo por meio da divulgação de noticias em benefício próprio (terrorismo psicológico).
2) Recurso usado por governos ou grupos para manipular uma população conforme seus interesses.
3) Subjugar economicamente uma população por conveniência própria (terrorismo econômico).

Há um grande mercado financeiro, onde se negocia tudo e em especial conceitos e reputação. Sem o conceito de “valor” agregado aos bens que hoje são comercializados em diversas esferas, não teríamos um mercado financeiro. E dentro desse mercado financeiro, em uma esfera macroeconômica, temos corporações que ditam o rumo dos negócios e atrás dessas ditas corporações, estão bancos que detêm títulos e valores de todos os seres economicamente ativos, em diversos países e de diferentes origens.

Em meados de 2009, ocorreu uma crise que foi impulsionada pela especulação imobiliária nos EUA, onde foram feitas execuções de milhares de hipotecas vencidas e que foram refinanciadas por um valor que o público-alvo não poderia pagar. Criando uma bolha especulativa, bilhões de dólares em prejuízo e um efeito cascata que afetou o mundo globalizado, atingindo multinacionais e afetando a renda de milhões de pessoas ao redor do mundo.

Países de 1º mundo se viram falidos, e tendo que cortar custos sociais, como o “Bem-estar social” que fora introduzido na Europa depois da 2ª guerra mundial e que vinha tratando os seres humanos com um pouco mais de dignidade.

Alegava-se que todos perderam com essa crise. Todos? Existe uma balança que sempre tende para o lado mais forte. Existe uma “mão invisível” que tende a balancear a economia. Alguns como Bernard Madoff, que armou a maior fraude da história (US$ 50 bilhões ) e lesou bilionários, empresas e bancos em 40 países, pode ser citado também como uma das fontes dessa crise especulativa.

Mas o principal inimigo da economia global, é o “terrorismo”. Tática muito usada na América do Norte, e que hoje parece querer se alastrar pelo globo, com noticias de “Bancos financiadores de países em crise”, como o FMI que tenta gerar pânico na economia mundial gritando “fogo, fogo!” onde ainda nem mesmo acenderam a lenha. Uma tática que enriquecem poucos e que continua alavancando frutos... Mas até quando seremos títeres de tiranos de colarinho branco?


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Subutilização da internet.


A internet veio aos poucos conquistando espaço e encantando. Moveu negócios e tornou alguns homens bilionários! Transformou a concepção da comunicação e quebrou barreiras intercontinentais.

Mas agora, o que realizam com ela? A subutilizacäo da internet fica evidente em redes sociais e correntes feitas por e-mail. A futilidade impera, e talvez esse uso indevido seja a demonstração real do que reflete na sociedade atualmente.
A imagem é distorcida e os valores sociais se tornam evidentes. A contínua distorção de valores que poderia ser ditos como "mais humano", são deixados para trás pelo hedonismo e a cultura de consumo do "agora".

A perda do sentido em querer raciocinar por busca de razões e conhecimento inerentes a existência e sobrevivência.
Distorções de valores, inversão de valores e preciosismo exacerbado culminam em um reflexo despretensioso e aparentemente "dono da situação", prepotente e neo-absolutista. As imagens dizem mais que mil palavras. E as palavras estão todas fora de contexto. O ambiente muda pessoas. Modifica seu caráter e suas necessidades. Transforma a criatura.

O ambiente da internet reflete essa perspectiva. Uma inclusão social que exclui. Assim como os "analfabetos políticos", os novos internautas se omitem dos seus direitos e deveres e se negam a perceber o real contexto de discussões que tratam de assuntos realmente pertinentes.
Um universo de informações, um oceano de assuntos perdidos em ilhas particulares. De que adianta uma imensa biblioteca para analfabetos conformados em continuar sem saber ler?

Futuramente, talvez haja necessidade de que ensinem como usar a internet. Um retorno aos cursinhos de informática comuns 2 décadas atrás. Só que um curso direcionado a pesquisas com técnicas de leitura e memorização e utilização de buscas dinâmicas indexadas em determinados assuntos-chave.
Enquanto a publicidade descabida, fontes "jornalisticas" corporativistas e tendenciosas e principalmente, o desinteresse geral da maior parte de uma gama cada vez crescente de internautas continuarem, o caminho dessa rede parece bizarro.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Alguém para conversar.


Precisamos de alguém para conversar. As vezes (ou maior parte do tempo) apenas para reclamar.
Precisamos de alguém para reclamar do dia, da noite, do ônibus e do universo.
Precisamos de alguém apenas para desabafar e deixar clara todas as frustrações que se encontram estabelecidas dentro de si e vivem do controverso.

Reclamar apenas por reclamar. Falar pelos cotovelos. Mostrar toda aquela indisposição e mal humor que precisa ser descarregado. As vezes com lágrimas no olhos. Aquilo tudo tanto tempo estava querendo sair e que ficou guardado.

Alguém para conversar, desde que não seja oculto, invisível ou criado-mudo. Alguém para apenas reclamar, mesmo que esteja por fora de todo o assunto, pois é mais um desabafo do que uma dissertação congruente. Um momento mágico do desespero que flui e desova no ouvido.

Alguém para falar do sol e da chuva, deixar vazar todo aquele sentimento estranho, e fugir daquela nuvem negra que sempre está em cima da cabeça. Apenas para conversar ou só reclamar. Falar das promessas não cumpridas e das noites sem sono pelos fatos banais que foram tamanha ameaça.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Vida cronometrada.


Vida cronometrada, dias passam, saudade bate e desencontros acontecem. Ritmo incessante e contínuo. É difícil parar para ler ou ouvir o próprio coração batendo. Ritmo intenso, como se o amanhã já estivesse cobrando o dia de hoje.

Vendemos o sono e muitos dos sonhos para sobreviver. Quando confundimos futilidades com conforto, pagamos um alto preço por isso.

Corrida contra o ponteiro, tudo tem sua hora marcada. Não se atrase para não ser demitido, não se atrase para a consulta, não se atrase, senão sua namorada surta.

Vendemos a hora por diferentes valores e assim quantificamos nosso esforço e conhecimento adquirido em um não tão complexo mercado de trabalho de tendências especulativas.

Taxamos à hora e esbarramos entre o social e formal. A vida é o que temos em nosso expediente. Nossa saúde é o que depende do nosso convênio.

Nosso alimento depende do quanto recebemos de vale-alimentação. A beleza que nos é vendida é deveras atraente, nos faz correr atrás desse ponteiro e vender nosso tempo de existência para consumir tudo que noticiam.

As responsabilidades batem na consciência e a família depende cada vez mais desse tempo vendido. Estamos perdendo tempo, estamos vendendo o que temos de mais precioso sem saber. Porque ninguém aparenta se importar com isso.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Casa minha, lar doce.


O ser vivo pode rastejar voar, caminhar, pular, nadar, entre outras modalidades olímpicas, mas o que mais de 90 % precisa é:
Oxigênio - pouquíssimos sobrevivem sem ar inflando os pulmões e fazendo trocas gasosas no sangue.
Água - está presente no sangue e demais tecidos, e sem água uma pessoa não sobrevive por mais de uma semana.
O alimento é que fornece energia e proteínas utilizadas no nosso corpo. Sem alimento por mais de 30 dias um ser humano falecerá. A alimentação insuficiente e contínua acarreta diversos problemas no organismo física e mentalmente.

O "quarto elemento", a habitação, é de suma importância para diversos tipos de seres vivos, podendo ser no corpo de outro ser vivo, em grutas, ninhos, fendas, qualquer que seja o local onde repousa e resguarda seu corpo do frio, do calor intenso, em suma, das intempéries e onde cuida de si e de sua cria.

A terra que serviu para alimentar a população foi lacrada e colocaram um código de barra para poder controlar seu valor especulativo. Casas agora são um mercado. O terreno é uma especulação que se transforma. Não se percebe o êxodo natural que se ocorre com a migração em massa de populações para determinadas regiões.

Existe uma natural “expulsão” de moradores locais de sua região, e outros iludidos imaginando que ganharão em cima da especulação imobiliária elevando o preço de suas casas a um patamar surreal.

A marginalização voltará a aumentar fruto dessa elitização local dos terrenos e moradia. Uma inversão de valores que sempre ocorreu irá se acentuar, e mundos opostos como torres de 15 andares farão divisão com casas de palafitas em terrenos invadidos, ou barracos enfrentando a gravidade que agride as encostas dos morros.

A segregação social persiste de forma quase invisível, e futuramente será tratado com descaso e policiamento ostensivo. Uma semente nova, que se cria e é regada a sangue e ódio pelos futuros vizinhos. Quando "minha casa" for um produto do mercado,no qual futuramente ninguém terá condições de se realocar por causa dos valores surreais que se apresentam.


sábado, 3 de dezembro de 2011

Meu preconceito.

Posso andar em diversos lugares. Tenho muito que fazer (só preciso descobrir o que). Somos seres distintos, e criamos preconceitos da mesma forma que podemos sofrer do mesmo mal.

Em algum lugar da América do norte, pessoas mais claras do que eu, me chamarão de "Latino" e não admitirão que eu seja "branco" como posso ser para alguns aqui no Brasil.

Se caminhar até algum ponto do Oriente, serei distinguido por não ser parte de uma homogenia étnica característica... Serei chamado até de "Gaijin" e olhado com desconfiança por quem passa ao lado. Em algum lugar do continente africano, não poderei ser chamado de Negro, pois minha pele é clara demais e lembra antigos usurpadores naquela terra.

Em uma tribo nativa ao norte do país que resido, não serei chamado de “índio”, por não ter o cabelo liso (como o folclore prega) e nem mesmo falar e ter a mesma tonalidade de cútis.

Percorrendo diversos lugares e preconceitos, percebo que não sou branco, negro, índio ou oriental. E dentro de diferentes regiões do país do qual possuo vínculos e raízes, ainda falam mal de outros por morarem em outro extremo do país, riem de sua pobreza e querem segregar-se por se acharem melhor que os “desafortunados”.

Riem de sua dicção, tonalidade de pele, características físicas e qualquer infortuno que venham a sofrer. Apenas Distinguem um dos outros por microrregiões, depois macrorregiões, e por fim por aldeias globais.

Seremos tratados e distinguidos eternamente pelo preconceito que reflete de nós. Como um ciclo, criamos preconceitos por nos acharmos superiores ou simplesmente por sentir uma ameaça natural inconsciente de que podemos ser inferior física e mentalmente por outrem, ou um medo qualquer que ainda precisa ter um nome e estudo sobre.

Descobri que não sou negro, não sou branco, não sou “índio”, não sou oriental. Mas sei que sou negro, branco, índio e quiçá oriental? É cafuzo ter etnia confusa. É árduo ser mameluco ou caboclo. Mulato, moreno ou trigueiro é um nome ingrato.

Sou do Norte, tenho raízes no sul e nordeste, sou do sudeste e gosto do centro-oeste.
Aprendi que minha etnia não existe. Ou existe em 160 milhões de pessoas que se negam a reconhecê-la. Não digo sobre ufanismo exacerbado, mas pelo simples fato de sermos de uma etnia que deveria ser reconhecida como tal: etnia BRASILEIRA.