quarta-feira, 8 de junho de 2011

Euforia estranha.



Pode a libido enfrentar a tristeza? O impulso quase irracional que abala a noção existencial em que cerca o ser? Como pode esquecer-se de todas as dificuldades e intempéries em que vive?

O equilíbrio vivido é tênue, e se modifica por simples transmissores. Captar todas as modificações, reações e mudanças ao redor. Há um uivo por dentro dessa pele. O mundo se modifica com seus sabores e modos. A funcionalidade de tudo ao que sentia era abstrata e incomodava para reacender como uma fênix.

Levanta de forma sublime dessa tumba inerte. Por causa de impulsos. Reações contrárias a sua própria existência criadas pelo seu próprio ego.
Novas formas se constroem ao seu redor, novas possibilidades. Parece outro mundo, outra dimensão. Mas não é.

É o mesmo lugar que antes era o suplício. E são situações imediatamente opostas. Por livres impulsos. Pequenas captações da vida em forma de eletricidade e o que era cinza se torna mais claro.

Mas será apenas uma fase, ou ainda uma forma de enganar-se, ludibriando-se nessa libido? Na forma em que existe, e na forma como se criou, é a esfera em que vive e respira. É a forma que sempre desejou ser, quase irracional. (E extremamente racional)

Cabe mais do mundo em seu ser, ou esquece-se de tudo que viveu pelos ares que respira atualmente? Novas rotas são traçadas e os planos mudaram, mas as metas continuam as mesmas. As metas que sejam até o fim as mesmas.

Esse sentimento de euforia, que as vezes parece descabido, toma força e se cria como se tivesse vida própria. Estranha força, vida estranha.

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