terça-feira, 4 de agosto de 2009

Deus Corvo

Anda por meio de nós, com ar soberbo e pose monumental. Criatura alada, sua forma lembra o inimaginável.
Rei dos fracos, senhor da tristeza:- Ouve meu clamor... Cria a coragem e mostre o rastro desse seu servo maligno;

Quando ouves a dúvida, quando na sua consciência reina a dúvida, não é o Diabo e nem Deus que ouves, sussurrando no teu ouvido obscenidades: é este anjo disforme, que te inspira às atrocidades.

Tão paralelo e tão distante do que é real; ele voa por entre todos, desmentindo sua presença e ocultando suas palavras.
Vede; Este é o anjo proibido, depravado: O Deus Corvo. Sua história lembra muitas mortes e renascimentos.

Sua vida lembra tudo o que deveria ser esquecido, tudo que é torto e incorreto, uma estrada fiel à imperfeição.
Quando na incerteza, não lhe culpe as palavras que diz: não as ouça, no dia mais escuro não resida em sua morada;

Pois somos nós que o matamos dia após dia em uma infindável sucessão de erros.
Deixe-o ser torto, errado; equivoco. Deixe ser.

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