Esse espaço é onde exponho meus devaneios mundanos...Enquanto ser existente, sou pretensiosamente reflexivo.
terça-feira, 12 de abril de 2016
Sobre Formigas
"Existem formigas que nascem operárias. Existem formigas que nascem para voar. Existem formigas que nascem rainhas. E se a operária quiser voar ou ser rainha?"
Pensamento sobre o determinismo e vocação se perde em outros pensamentos que massacram a mente. Milhões de vezes por segundo. Como um enxame de abelhas. E elas também vivem com suas hierarquias desde o nascimento. As operárias, as guardiãs e as rainhas. Dizem até, que se extintas, morreria a vegetação e com ela a humanidade. Por causa da flor. Linda flor. Com seu cheiro e seu pólen. Sem elas, tudo acabaria. Parece que testam aos poucos e de diferentes modos, a extinção ou pelo menos, procuram uma existência mais automática.
Sem stress. Tudo está escrito em livros. As soluções são manufaturadas e comerciáveis. Tudo pronto em 3 minutos, como miojo. Mas só de pensar nesse determinismo genético, chego a matutar sobre essa escravatura que se arrastou por tantos séculos. Mudou de mãos o chicote. Mas a ideia é da supremacia e do regozijo sobre os outros é o que se manteve.
"Somos nós contra eles. E eles são a maioria". Deveriam pensar dessa forma, e como foi feito o sistema meritocrático que vivemos. Sistema quase estamental, de castas confusas de cafuzos e mestiços.
"O pagamento pelo bom trabalho é o pão que te alimenta". Como posso viver só de carboidratos? E o sangue de Cristo serve para alimentar a mente com alegria ébria?
O vinho para isso não é mais útil que o copo de pinga no bar ao raiar do dia.
Diluir a alegria em alambiques e distribuir entre outros venenos.
Pode-se consumir veneno, o que mata é a dose certa.
"Basta querer sonhar e trabalhar para conseguir". Ah, esses ideais lindos e inocentes. Imaculados até na perdição. Como não enxergam o abismo a frente de cada passo? Como não ousam em pular desse penhasco? O monstro que encontram em si quando olham para o fim do túnel.
Vejo as presas do monstro remoendo minhas vísceras, para quem brincou de ser Prometeu.
Não adianta dar as chamas aos macacos, eles vão morrer queimados (alguém diria, para alertar o pobre diabo).
Mas não, jogaram o fogo aos homens e tudo foi perdido. Estão em chamas até hoje. O trabalho do homem é ser um pouco de Nero. Colocar fogo na cidade sempre que possível. É para dar trabalho aos bombeiros, esses heróis incansáveis do proletariado triste e bucólico.
Se existisse um bombeiro na época de Prometeu, evitaríamos toda essa bagunça. O estado quase autômato da vida. Sistemas inflexíveis que criam outros sistemas inflexíveis no mundo virtual que a humanidade acha real. Seus valores, seu dinheiro, seu Deus.
Tudo faz parte de conceitos e crenças. Ah, e o que falar da rebeldia de outrora? Crença em mudanças. A rebeldia se esvai com os ideais e o que sobra?
Restos mortais que se negam a apodrecer. Estar pútrido em vida. Antes fosse um zumbi sem alma, sem mente, perambulando para devorar cérebros. Sem se importar com o conteúdo dos mesmos, pois se fizesse questão, morreria (novamente) de inanição!
Em determinado momento de divagações sobre determinismos genéticos, hierarquia sistemáticas, estamentos, civilização, fogo, trabalho (Zumbis) e ideais... O propósito principal e motriz do raciocínio, se evade.
Só falta se evadir a insistência em tentar raciocinar e andar em círculos com divagações tolas e sem propósito. Nada como o tédio e um sentimento de amargura sem sentido para prover textos sem mais sentido ainda.
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