Há pilulas para tragar a dor, outras para dormir.
Pilulas para não se esquecer.
Pilulas que fazem chorar ou sorrir.
Pílulas que te fazem emagrecer.
Há pílulas que são placebos, feitas de farinha e ar.
Outras que são feitas de um milhão de partes de um grama (e juram funcionar).
Cápsulas contra a tristeza para tomar em frente ao mar.
Mentiras em pequenas porções para poder viver com quem ama (sem ter que magoar).
Pilulas que são entorpecentes. Necessárias como água e sal.
Pilulas que te fazem engolir e entender como tudo é tão mal.
Basta relaxar, inspirar, respirar e tragar a solidão.
Cada pedaço de preocupação se vai por milímetro da porção.
Basta ter a receita. Prescrever a solução em metas inalcançáveis.
Se sentir saudável em um mundo extremamente doente.
Para toda a desolação há algo para satisfazer as dores indelegáveis.
Em cada suspiro, uma dose de veneno antimonotonia escondido atrás dos dente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário