"Quero gritar um grito desumano, que é uma maneira de ser escutado..."
Quero acordar a vizinhança com um grito hediondo para nunca mais ser esquecido,
Estourar os pulmões e as pregas vocais, com o meu mais intenso sofrimento vocalizado,
Pode ser apenas uma frescura qualquer, essa falta de razão do que fazer,
Mas tenho medo do silêncio que maltrata meu ser,
E por vezes adoro o silêncio com uma satisfação singular,
Fujo das aglomerações e festas; Sofro na solidão que me acolhe,
Saio de mim para tentar me encontrar;
Volto para mim tentando me achar,
Em um emaranhado de vozes, a loucura me escolhe,
Divago com narrativas e discussões imaginárias; Seria isso prenúncio da insanidade?
Ou é desespero que tentar criar saídas dessa humanidade?
Agradeço o silêncio ao mesmo tempo em que o desprezo; Luto pela solidão e por estar entre semelhantes,
Porque tem que ser assim de forma estranha?
Um em vários, em formas tão conflitantes?
Por vezes acaba sendo tantos e não sendo nenhum; Peço ajuda a imaginários esperando que rompam a realidade,
Tantos gritos mudos foram lançados ao vento; Para no fim me negar ajuda por pura vaidade.
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