Se um dia me perguntarem: “Para quem escreve?". A resposta vai soar vazia. O silêncio ecoará (poético não?!).
Mas a verdade (se é que existe) é para esse "eu" futuro. E provavelmente, algum anônimo perdido na net.
Não precisa apreciar os erros e a escrita confusa. Não há propósito maior.
Não há respostas aqui. Só um palhaço pedindo platéia.
Só vai sair escrevendo continuamente, porque a cabeça não para. Mesmo colada no pescoço, ela viaja e agoniza com as distâncias.- "Por quê? Como? Onde? Será? Tem certeza?".
A vida desse que vos escreve (provavelmente para ninguém) é recheada de questões que não cabem respostas. Inquieto, se torna um inquilino dessas perguntas sem respostas. Vive ali, no meio da bagunça e da sujeira que deixaram nesse antro.
Não é lugar seguro para crianças e pessoas de coração puro. Há muita amargura. Existe muito duplipensar, em eternos paradoxos vivos. Hipocrisia é como café, um pouco por dia para manter acordado (e vivo). A cama parece ser muito atraente para todos os dias de frio ou de tristeza em dose cavalar. Nada que pílulas que mexam na química das sinapses não resolvam.
Após ter escrito várias palavras e algumas sentenças de forma dúbia até o momento, percebeu, será que esse texto tem algum sentido?
Se alguém lê nesse momento, é possível que não ache sentido algum. A ideia essencial é continuar escrevendo até não poder pensar mais em coisas diferentes.
Não adiantar ocupar a mente com coisas genéricas, pois ela é rebelde e não aceita ordens tão bem.
Difícil de imaginar uma cabeça menos caótica e sem sentido. Fizeram por encomenda para esse que vos escreve. E eu, que no futuro me leio (ou não), devo me surpreender com o nível de anormalidade e de erros de português que emana desse texto. E que representa o meu eu presente.
Eu, que sou (estou) agora, mando um recado para o eu, que (serei) estou no futuro e talvez não leia o que estou escrevendo agora.
Só de pensar, qual a lógica então de escrever? Deve ser a mesma que segue o restante da vida...Sem sentido e contínua até o ponto final.
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