sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Tudo muda, tudo mudará

Essa vontade louca de querer mudar o mundo.
Mas antes vale aquela velha frase proferida por alguns pensadores:
"Para mudar o mundo, comece mudando a si mesmo" (ou algo do tipo). Mudar a mim mesmo?

Mudar é constante. Ta aí, uma afirmação com antítese, como quase tudo na vida, cheio de contradições. Paradoxos e hipocrisias são o que temos de monte.
Mudar a si. Se mudar. Mudar para onde? Mãos atadas para enfrentar as injustiças tradicionais.
As tradicionais que há muito perpetuam erros históricos e se tornam sacrilégios, mudarem algo a tanto imutável. Mudar.

Mudar para não suportar todos os dogmas que desafiam a lógica e maus-tratos que são perpetuados aqueles que não tem força nem mesmo para levantar a voz.
Mudar para criar voz, ser a força que falta. Ser o elo que precisa nessa corrente.

Temos que engolir certas mudanças que não queremos, e o que queremos mudar parecem cláusulas pétreas no livro do destino. Talvez devamos concordar quando dizem “certos males vem para bem”, quando achamos certas mudanças ruins. Realmente, a vida é uma constante mudança em que tentamos evitar em boa parte que aconteça. Acomodar-nos com o cotidiano. Sentir segurança com a repetição contínua.

Fadigado. Stressado. Desanimado. O que pode ser “sintomas” de uma rotina massacrante ou desestimulante, ainda sim, encontra desafios para mudar. Mudanças assustam. Mudanças como o mar revolto, sem saber como será. “Quando navegar é preciso e viver não é preciso”, estamos sempre à procura de um porto seguro, uma forma de ter certeza onde estamos.

Mas a mudança vem e tira tudo do lugar e o desconhecido assusta. Causa-nos pânico sem saber por que estamos sofrendo por isso. E a Ansiedade e frustração vêm a cavalo.
Quero mudar o mundo, mas consigo mudar a mim mesmo primeiro?
Os versos da canção, "Tudo passa, tudo passara. Nada fica, nada ficará.", poderiam ser:
“Tudo muda, tudo mudará. Nada fica, nada ficará.", sem perder o tom.

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