quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pare e Perceba. (Ou não)



Pare.
No caminho haverá diversos traumas.
Razões que a própria razão desconfia.
As dificuldades estarão aí, para todo o sempre, para que você nunca se esqueça.
E no café da manhã: Uma xícara de sede.


Perceba.
Todas as guerras foram travadas, e ninguém ganhou no final.
O medo que se tem da morte, é só um apego maior e o medo de perder o que se conhece.
O Sol sempre se põe. O dia sempre acaba, e essa beleza se perde e renasce todos os dias.
E no almoço: Um prato de fome.


Entenda.
O ídolo que espera não vêm. O ícone em que se espelha, não é o que aparenta ser.
Sempre em busca de um ideal. O ideal é inexistente. Tenha Fé, mas ele simplesmente não o é.
Abrace a sua imperfeição e aceite as imperfeições de todos e tente ser feliz.
O mundo ideal só existe nos seus anseios. Entenda tudo que lhe envolve, e entenda a possibilidade do que é realmente impossível.
E no chá da tarde: Um pedaço de indiferença.


Pare.
Não é como você sonhou. A espera não adiantou de muita coisa.
A ajuda esqueceu-se de ajudar. Cuspa esse catarro, mas evite atingir sua dignidade.
A visão que tens do mundo é seu passaporte para uma ilha.
Enquanto o maremoto não atingir sua ilha. Enquanto puder viver com um pouco de comodidade.
Tudo está bom enquanto puder viver do melhor jeito possível.
E no jantar: 2 porções de ódio.


Perceba.
O mundo ainda gira. Não tem como pará-lo.
As ideias continuam. A vida segue mesmo sem você querer.
E dentro dessa caixa invisível que é seu mundo, você não enxerga nada além do óbvio.
Além dessa idade, não vive mais do que o necessário. Tudo parece bem, então tudo está bom.
Seu limite é o que te definem. Suas ideias são os seus horizontes. Até onde pode enxergar?
Em torno do seu medo, estão todos os outros sentimentos. Em volta dos seus dogmas, reina o impossível.
Ainda há tempo para acordar. Ainda tem tempo para ter tempo. Seja breve. E não pare.
E na ceia: 4 frutas podres e uma tigela de infelicidade.

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