Queria poder pedir desculpas por ser quem eu sou. Meus fracassos, meus erros e manias.
Queria ter o dom de ser menos humano, pois se errar é humano, sou "sobre-humano".
A síntese do " super homem" de Nietzsche ao avesso no belo estilo "Bizarro".
Gostaria de ser menos humano por dentro e mais por fora, assim demonstraria mais os gestos e feições tão comuns a nossa espécie.
Por dentro seria mais frio e distante como a longínqua Finlândia.
Queria errar menos e ser mais exato. Parecer mais certo e menos bizarro.
Estar mais contente do que aloprado. Menos loucura e mais realidade.
Me resignar na criticidade dos fatos que me envolvem sem precisar engolir as "pílulas de felicidade diárias".
Queria pelo menos me perdoar. Me desculpar por não ser a pessoa que eu queria ser.
Por todos os meus planos falhos e projetos que deram errado.
Queria me perdoar por todas as minhas falhas, preconceitos e erros contínuos que ciclicamente cometo.
Acima de tudo queria ser menos humano e mais pessoa.
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