Há pedras mais altruístas que certas
pessoas. Icebergs mais amorosos... Mas a vida é injustiça por si
só.
Vai te fazer desejar o impossível,
como a cobra que olha para o céu, indagando quando poderá voar.
Os planos serão todos esquecidos.
O amor vai morrendo aos poucos. Existe
tanto sentimento dentro de uma certa pedra, menos o amor. Existe a dor
irreparável e uma mania clássica de masoquismo.
Mas o amor, não se encontra mais nela.
A pedra que parecia impenetrável é oca.
Oca, corroída e corrompida.
Oca, corroída e corrompida.
Por anos foi se ruindo. A pedra
que poderia ser viva é apenas uma imagem imaculada e irreal.
A pedra não existe. Toda a sua
composição sólida e átomos que a formam é irreal. A pedra
está morta. A pedra nunca existiu a partir de hoje. Criando um
loop no espaço tempo ela se destrói antes mesmo de se criar.
Não há amor dentro da pedra. Não há
compaixão. Há apenas o vazio e o silêncio. A dor que persiste mais
do que a água que a fura quando bate nela por décadas.
O sentimento que vive dentro da pedra é
apenas o pior possível. A pedra está morta, mas continua ali,
imóvel e pensando em deixar de ser. Pedra essa que pensou em ser
rocha. Ser igual a outras pedras que rolam por ai.
Não há mais nada ali. Não há pedra
e nem amor. Não há nada que fique de bom, além dos resíduos. Hoje
a pedra inveja até os icebergs, que gélidos e inertes parecem ter
mais amor ao mundo do que ela.
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