A dor que fere a pele
atravessando a carne e chegando aos ossos. Silencia o grito transcendental,
pois não há mais voz nessa garganta para tanta dor.
Ela consome por
dentro dos ossos, todas as células em sua intrínseca voracidade que chega até a
alma. Dela não basta mais nada.
Consome a alma e se delicia. A dor encontrou sua morada e
devora por dentro todos os sentimentos a ponto de deixar uma casca vazia, um
corpo catatônico sem expressão.
Vazio perambulante, algumas vezes demonstra sinapse e vultos
como se houvesse alguém ali. Mas é momentâneo o efeito. Não há mais ninguém. Só
a dor consumida e uma figura caminhante sem vida.
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