Um dia o copo transborda,
o grito sai da garganta e as revoluções do papel talvez aconteçam. O que nos acomete é a cumplicidade, não de ser mais um na cena do crime, não por esconder o crime;
simplesmente por deixar acontecer. Calados, atônitos e inertes a toda a falcatrua,
barbaridade e obscenidade a espécie que juramos ser próximo a nós em diversas ideologias e religiões.
Ainda se superam em
suas cretinices. Denotam toda uma eloquência e exuberância debatendo filosofias
utópicas na realidade que não dorme. Não é o capitalismo ou o socialismo que vá
resolver algo. Já se passaram séculos, e ditadores simpatizantes para ambas as
ideologias mataram milhões.
O que sobrou? Além da guerra ideologia, o que manda
é a venda de armas que atravessam continentes. Sobre a margem de qualquer política,
o que se sustenta é o pó sendo comprado na biqueira. Apesar de todo o conceito
humanitário ou egoísta, ainda persiste sociedades auto-centradas e falidas,
pois estão preocupados demais consigo mesmo.
O que conta agora é a navalha na
carne! É o pus da ferida, é o sangue que escorre. É o choro da criança que não tem
UTI na maternidade. É a corrupção em qualquer ambiente e envolta de diversos
setores da sociedade.
O que conta é a
riqueza de possuir. O Status Quo. Longe da babaquice das mesmices fantasiosas,
o que o sistema se torna vai além de qualquer ideologia, é um organismo vivo como
um vírus, que tenta se adaptar ao meio que o repele.
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