Mamãe, sou um sociopata?
Não dou risada com frequência dessas piadas
sem graça,
Papai quer conversar, mamãe quer jogar
conversa fora pela porta,
Mas quero me entreter em um mundo irreal na
minha cabeça;
O coração sangrou tudo o que podia,
Da carne e músculo, tudo virou pedra,
Cobram lágrimas que já não nascem nessa
fonte ingrata,
Mamãe, será que sou um sociopata?
Me falta lugar sem olhares,
Quero um espaço para refletir,
Um mundo sem barulho e sem dores,
Um espaço para saber porque existir,
Calma como uma casa de Aristocrata,
Mamãe, será que sou um sociopata?
Pedem amor, mas não sobrou nada,
Nem tesão, raiva ou graça, mas finge ser
pessoa sensata,
Ainda que seja uma pessoa amada, no peito não
lhe sobrou nada,
Rir é um dos poucas fugas que se tem desse
peso,
Que curva as costas, com um mundo imenso,
Imaginário, Atlas de mentira, mais um
psicopata,
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