Nascer, crescer, estudar, namorar, arranjar emprego... (pausa para fôlego), casar, ter filhos e morrer.
Nesse ínterim, buscamos nos divertir, nos adaptarmos aos conceitos e concepções que nos cercam. Buscamos ideologias, sejam novas ou velhas, respostas que nunca serão respondidas, e por fim, sempre tentando nos adaptarmos para viver em sociedade.
Muda-se pouco a pouco esse meio, e chega à geração que vence um desafio e aceita outro, como progressão natural da vida. Comprar um carro, adquirir uma casa, se tornar um profissional pleno e estabilizado em uma empresa. Poderíamos trabalhar em algo que nos deixe feliz ou nos traga retorno financeiro adequado ao bem-estar que procuramos. Poderíamos trabalhar em “piloto-automático” e com o cérebro “desligado”, fazermos todas as nossas atividades repetitivas do dia-a-dia, até a hora de ir embora.
Aprender novos idiomas, novas culturas e viajar, até torrar nosso dinheiro gasto com a labuta e a servidão eterna dos conceitos impostos pela sociedade.
Fazemos tudo para ocupar esse “meio da vida”. Mas então nos perguntamos: “E agora, o que realmente me falta? Ser o que todos já foram um dia, escolher algo diferente? Importar-se com algo que ninguém se importa ou perguntar o que ninguém irá responder?”
Aprendemos tudo com que já fizeram gerações passadas e mesmo com as imersões de novas culturais em uma interligação intercontinental via rede, não apresentamos variações drásticas do que já se vem sendo realizados por milênios. Distúrbios sociais sempre existiram sendo classificados ou rotulados como párias, algo alienígena a todo o contexto da realidade que vivemos, mas por conta de diversos distúrbios, é que temos diversas inovações culturais em meio a nosso cotidiano.
Chegamos ao ponto que nos falta propósito. Pecamos em tentar nos reinventarmos. Desistimos de tentar inovar. Procuramos por algo que não existe, e ao descobrir essa incrível ideia (de que nada novo está sendo criado), não nos inovamos, não tentamos criar algo novo.
Agarramos-nos as velhas idéias e as mesmas noções pré-existentes, sem saber para onde ir e o que fazer, apelando para respostas prontas de uma civilização que desiste de se reinventar a milênios, até que algum dia venha a sentir sua derrocada. Nesse “meio da vida”, fazemos a vida valer um sentido ideal que nunca chegamos a testar, ou morremos sem saber o que realmente nos faz viver.
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