terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Círculo Vicioso.


Compra-se balas, armamento, fardas e coletes novos. Novos soldados são treinados, todos a postos para exercer seu trabalho. Eis que vem a policia reprimir o tráfico de entorpecentes.

Compra-se balas, armamento, cordão de ouro e bermuda nova. Novos soldados são treinados, todos a postos para exercer seu trabalho. Eis que os “Soldados do morro”, estão dispostos na linha de frente para bater de frente com a policia.

Com a venda do entorpecente, compra-se armas, que chegam clandestinamente pelos portos e pistas de aviões clandestinos. Armas que valem pequenas fortunas na mão de crianças e adolescentes prontos para morrer e tocar o terror pela glória reluzente de se parecer como o patrão do morro.

Com o financiamento do estado, compra-se armas que são fornecidas pela industria bélica nacional e as vezes com matéria-prima internacional. Armas que valem muito, na mão de soldados que se arriscam em uma guerra sem fim.

Na guerra, existe financiamento de todos os tipos para compra do armamento do “vilão”. Pode-se encontrar seres políticos de diversas instâncias, lobistas, empresários de fachada que lavam dinheiro e os próprios patrões e fornecedores de drogas. É um comércio lucrativo para quem entra no jogo.
Para os policiais que não estão no “jogo” fornecendo armas ou recebendo arrego, existe a bala como resposta rápida.

Parece que o sistema é sustentado para viver em um circulo vicioso. Mas a pergunta que fica é:
Qual empresa se sustenta sem lucro? E ao responder essa pergunta, tem se uma nova... Para haver lucro, deve existir demanda e clientes! O custo pelo serviço tem que ser menor do que o pagamento pelo serviço. Não importa o preço do serviço. Quem paga por isso?

O material pode ser adulterado, e ainda sim, há clientes. A concorrência é pouca, pois são fontes únicas que fornecem, o que pode haver é distribuidores em atrito, mas o que não interfere no lucro bruto do fornecedor maior. O mercado de armas está abastecido. Tudo segue uma convergência para quem detêm o material básico, sejam armas ou entorpecentes acabem lucrando. Como toda empresa, quem lucra de verdade são os acionistas majoritários.
Mas se não houvesse consumo, como se sustentaria tamanho sistema? Sem freguês, qual empresa funcionária?

Existem diversos tipos de consumidores; desde aqueles que estão desequilibrados mentalmente a aqueles que procuram sentir mais adrenalina, mas isso não isenta a culpa daqueles que compram o produto. Para cada bala disparada, a um cliente que põe a bala no pente. Não importa a policia do país, a quadrilha que vende, mas o cliente é sempre quem manda.Quem mata, é quem atira, mas não se isenta aquele que patrocina o atirador. És o motivo, a engrenagem inicial, o erro maior..... O motivo para sabermos como somos estúpidos e inconsequente.

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