Maior que a pergunta: "Porque estamos aqui?" "Deus Existe, e se existe, existe o capeta?". Maior que a necessidade de apenas querer saber, ou de se vangloriar com a resposta, é a sensação de certeza. Sem fantasias ou crendices, apenas a certeza verdadeira daquilo que sempre procurou. Não é a existência de Deus ou do Capeta, e sim a existência da consciência.
O porquê de ser consciente da própria consciência. Ver e vivenciar os erros como um protagonista que não consegue mudar o desfecho da história como em um RPG. Saber de sua própria existência, vivendo-a e esperando pelo desfecho final. Conviver com as dúvidas e o seu ponto de vista defectivo e simplório sobre a concepção do que é a realidade e do que tens sentindo sobre a pele e seus sentidos.
O porquê da consciência? Qual o motivo a faz existir e moldar a sua personalidade em algo que se consegue definir como pessoa? O momento da percepção, no fatídico momento em que se percebe como pessoa inserida em um contexto social. Os fatos, acontecimentos que se relacionam com você e sem você. Amizades, amores, vidas cruzadas, momentos de meditação... Qual o propósito de se perceber sobre tudo que se acarreta sobre sua pessoa?
Os limites da consciência se esbarram nas limitações humanas e suas percepções. A realidade que vivemos e que nos acaba moldando, pode também ser moldada. A perspectiva que temos provindas de nossos sentidos podem criar uma realidade diferente a nossa capacidade cognitiva. A forma com que pensamos, com que vivemos e como tomamos nossas ações podem ser moldadas tanto pelo nosso consciente quanto pelo subconsciente.
Mas e o que faz nossa percepção esbarrar em nossa identidade criada, nosso conhecimento adquirido e por fim, a consciência que percebemos tomar forma e tomar posse de nossas ações? Qual o objetivo do saber de sua própria existência?
Essa distinção talvez seja a mais importante dentre os animais, e ainda sim, o termo "ser racional" não seja completamente eficaz sem se perceber como individuo inserido em um meio, uma realidade e qual papel exerce em tal meio e que diferenciação ou propósito aguarda a sua percepção existencial.
Há diferença entre as pessoas inteligentíssimas com as que se perguntam em algum momento sobre o despertar de seu ponto de vista. Pessoas cultas, mas que não se aprofundam em seu próprio ser, em busca de conhecimentos, se rendendo a facilidades e crendices milenares pré-formatadas a sociedade, talvez seja o primordial motivo da evolução de certos tipos de dogmas.
A comodidade de não querer saber a verdadeira resposta que pouquíssimos procuram, sejam por medo de se perceber quem realmente são ou por medo da desilusão do que encontrarão como objetivo de sua consciência e existência. Porque "eu" sou "eu"?
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