A nulificação do ser
vem em coletivo. Massificação de informação e comodismo, são as
palavras em voga. “Zona de conforto”, nunca foi tão confortável
como é hoje, e nunca foi tão zona!
A sapiência é
doutrinada, e por fim limitada. O livre pensar é taxado e os erros
humanos são catalogados e generalizados. Duplipensar se tornou uma
forma de violência com o que existe preestabelecido, desse ser paradoxal.
A inteligencia talvez
tenha valido algo, algum dia, mas hoje vive refém do mundano
cotidiano.
Torna-se necessário
anestesia cerebral, ou um antidoto intelectual para todas as
barbáries que se encontra. Uma lobotomia talvez, uma pequena incisão
no córtex para liberar essa celeuma.
Acaba sendo um velho
bandido, com todos os antagonistas a solta para enfrentá-lo,
afundando-o sobre suas próprias limitações e redundâncias. Um
inimigo público declarado pelo que pensa e age. Uma forma de vida
alienígena perante a todos. Aliena-se por fora do padrão
estereotipado em consonância com o que se mostra no popularesco, e
sofre por isso.
A nulificação do ser se forma como opção, a não
existência fora do padrão. A transgressão do mundo não pode ser
feita sem sequelas. O mundo comum rói seus sentimentos e
pensamentos. Como é difícil encontrar vozes que clamem pelo mesmo
tom. Basta ser nulo em perspectivas para viver nesse mundo caótico
que jura ser correto.
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