Andar não é o bastante. Acordar e dormir não são o bastante.
Trabalhar, namorar em si não é o bastante. Há mais dúvidas que se possa
imaginar, e o sentimento de que falta algo a mais.
Nada disso é o bastante. O cotidiano entediante não é o bastante.
O prazer do sexo não é o bastante. A satisfação no amor, não é o
bastante. Sempre faltará algo.
Ídolos e seitas não entram em sua mente, pois não é o bastante. O
álcool e demais entorpecentes não são o bastante. Apenas o sentimento de algo
vazio. O vazio em si. A ausência de algo maior. A sensação conflituosa da
percepção da existência e da capacidade de raciocinar para elucidar os fatos.
Resta apenas aquela sensação de raciocínio sofista. E imaginar que tudo que se
pensa possa vir a ser uma falácia, baseando-se em que tudo que se vivencia e se
experimenta não recorre à lógica que gostaria que tivesse.
O maniqueísmo que se modifica em concepções do que é (e
quem é) realmente bom ou mal de diversas perspectivas pessoais, não atendem
mais a necessidade primordial de certo individuo. Apenas o vazio e a
capacidade de não se compreender o contexto total e muito mais complexo da
irritante simplicidade do mundo.
O conjunto vazio nunca foi tão pertinente nessa equação como agora
{}. O abismo pessoal, que olha para dentro de si, em uma enorme onda de
indagações.
E tudo mais não é o bastante. O universo e todas as funções dentro
da equação não são o bastante.
E o que será o bastante?
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