sexta-feira, 11 de maio de 2012

{ } ( Não é o bastante )

Andar não é o bastante. Acordar e dormir não são o bastante. Trabalhar, namorar em si não é o bastante. Há mais dúvidas que se possa imaginar, e o sentimento de que falta algo a mais.

Nada disso é o bastante. O cotidiano entediante não é o bastante.
O prazer do sexo não é o bastante. A satisfação no amor, não é o bastante. Sempre faltará algo.

Ídolos e seitas não entram em sua mente, pois não é o bastante. O álcool e demais entorpecentes não são o bastante. Apenas o sentimento de algo vazio. O vazio em si. A ausência de algo maior. A sensação conflituosa da percepção da existência e da capacidade de raciocinar para elucidar os fatos. Resta apenas aquela sensação de raciocínio sofista. E imaginar que tudo que se pensa possa vir a ser uma falácia, baseando-se em que tudo que se vivencia e se experimenta não recorre à lógica que gostaria que tivesse.

O maniqueísmo que se modifica em concepções do que é (e quem é) realmente bom ou mal de diversas perspectivas pessoais, não atendem mais a necessidade primordial de certo individuo. Apenas o vazio e a capacidade de não se compreender o contexto total e muito mais complexo da irritante simplicidade do mundo.
O conjunto vazio nunca foi tão pertinente nessa equação como agora {}. O abismo pessoal, que olha para dentro de si, em uma enorme onda de indagações.
E tudo mais não é o bastante. O universo e todas as funções dentro da equação não são o bastante.
E o que será o bastante?


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