sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Inferno de Sísifo


É tudo a mesma coisa. É tudo sempre igual, mesmo estando diferente.
É preciso de uma religião para se guiar. Alegria para viver. E para viver é preciso ser feliz. Trabalhar para viver. E viver para ser feliz. Feliz para viver!

Trabalhar para ser feliz. Ter uma razão de ser, ou pelo menos uma muleta a se escorar. É preciso acreditar, em contos de fadas ou ter fé em fatos impossíveis.
Qualquer coisa que faça continuar pela vida ilógica que se segue. Uma fé inabalável. Uma ideia incontestável. Qualquer coisa que pareça fazer sentido e nos dê razão no que sempre foi uma loucura.

Dias mais ou dias menos, amigos se vão, parentes se vão...lágrima escorrem com o pedido de que "estejam bem, onde estiverem", pois a sensação de que não existe nada além de nossa existência perturba a nossa existência. Pensar no ser, perturba. Imaginar o porquê, perturba.
É o inferno de Sísifo repetido eternamente, com seus esforços se tornando inútil ao fim do trabalho.

Perturbações que mostram nossas fraquezas e imperfeições. Não queremos ser imperfeitos. Queremos ser felizes e viver para sempre. Queremos viver felizes, para sempre. Queremos saber que depois da carne, teremos a bênção sagrada, e o mais importante, que tudo não foi em vão.
Queremos tudo e renegamos o nada. Queremos tudo agora e para depois também.

Como somos limitados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário