Para sentir e viver, uma pilula do melhor remédio tarja preta, para conscientizar a consciência que muita dor ainda está por vir e será algo árduo.
Para tragar a dor e deixar levarem a dor, um pouco de fumaça para um pulmão feliz.
Para viver feliz, utilizar dos vícios que tanto atormentam e que servem de ritos de passagem pela vida que se faz meretriz.
Sirva o melhor e mais caro prato da casa, nenhum luxo é demais, encher o estômago como se não houvesse outras refeições futuras, se empanturrar de tudo que lhe parece delicioso, e que o paladar lhe faça esquecer os problemas e amarguras.
Um pouco de amor momentâneo, uma relação casual que dará prazer e que durará a eternidade necessária para se sentir vivo por um instante. Todo o amor instantâneo que se precisa para se enganar a vertigem de andar sobre essa linha tênue com andar extenuante.
Para viver bem a vida, um pouco de emoção, que será brindada com todo alucinógeno imaginado e que por fim causará comoção. Só mais uma taça de qualquer coisa, uma pílula qualquer, algo para queimar os pulmões e neurônios, qualquer coisa que faça a labuta parecer digna e que os brinquedos e confortos sejam sempre justificáveis por mais um dia, que sirva de inspiração a poetisa.
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