Esse espaço é onde exponho meus devaneios mundanos...Enquanto ser existente, sou pretensiosamente reflexivo.
domingo, 10 de abril de 2011
Existe solidão mesmo quando se está em uma multidão.
Existe solidão mesmo quando se está em uma multidão. O sentimento vazio que se manifesta. Identidade inconsolável, perdido em pensamentos estranhos. Coloca um fone no ouvido para tentar fugir desses mesmos pensamentos, mas é apenas uma solução paliativa.
O silencio é o que incomoda. O barulho é o que perturba. Indeciso nas decisões, mas sabe que não gosta dessa penumbra. A luz que sempre procura hesita em aparecer.
Existe solidão mesmo quando se está em uma multidão. A casa cheia não te da conforto. Essas vozes do lado de fora, não lhe interessam.
O mundo se comunica, mas não fala nada. Sozinho dentro dessa sala, a imaginação ecoa para fora desse corpo, desse mundo. É o maior dos medos, implícito nos mais diversos medos.
Destrói motivações e sonhos. Independente da quantidade de pessoas ao seu redor ela o ataca. A solidão não lhe tem preconceitos, ataca qualquer um em qualquer etapa da vida.
Nossos mundos são tão diferentes, a vidas se formam de forma tão caótica, mas os medos...esses são bem parecidos, e a solidão lidera esse ranking. Algo quase irracional e primitivo que nos faz agarrar a menor possibilidade de estar perto de alguém. Sem essa chama, perdemos um pouco de nossa humanidade. Sem esse fogo, Prometeu teria morrido em vão.
A solidão que nos aguarda em breves momentos do dia, tentamos não dar conta de sua existência, fingimos nos entreter ao meio ao vazio desse eco. Ecoa apenas a solidão. Gestos vazios e sem sentidos não encontra a quem entender. Não existe prece para se escutar. Existe solidão mesmo quando se está em uma multidão.
Não há discussões calorosas nesse vácuo. O conforto é imaginar que o dia seguinte sempre será diferente.
Preso dentro de si, se encontra mais preso que muitos detentos encarcerados. O isolamento incondicional, de forma estranha, se manifesta. Toma seu mundo e suas ações. Não há porque comemorar. Ainda não. As promessas ainda são promessas. Os planos estão constantemente sendo mudados, mas o que pode persistir é a ameaça de se concretizar, pura solidão.
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