quinta-feira, 16 de abril de 2015

Vida Liquida

O tempo escorre por entre os dedos. Amizades são flexíveis, quase dispensadas em laços fragmentados. Tudo é feito para o consumo. Consome-se e some-se. Fume ou seja torrado como fumo. Tenha prumo!
Bebe-se até a alma, de cachaça em cachaça, a cirrose nossa de cada vida. Só Badtrip para toda página virada.


Para se superar a vida como em levels de games, não tem princesa para resgatar e não há cogumelos para crescer. Há repentistas pelo caminho contando as desgraças com que tiveram que viver.
Um novo vício para se perturbar, uma nova corda para se enforcar. Para cada gole de dialética existe uma cápsula de anti-monotonia para se tragar.


Desespero mudo e tranquilo com cara de bolacha. Fecha os olhos com tanta força que espera que não precise mais ver novamente sua face medonha.
A solução não vem na prece da noite. Não vem pelo anjo, consternado com a sua própria inexistência que lhe acerta feito açoite;


E amanhã, será um novo dia: Das mesmas angústias e torturas mentais que viu no dia anterior. E o sol, que nasce para todos; mas para uns parece queimar o miolo enquanto noutro doura a pele como se fosse destino nascer superior.
Vivendo o tempo que se escorre. Liquido, logo se vaporiza, deixando lembranças e feridas em seu interior.


"Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar" - Bauman

Nenhum comentário:

Postar um comentário