quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Mitológico Valor da Vida

Vivo numa terra que a mitologia é tão levada a sério, que define a vida. E não só define a vida, como pode tirar. Há guerras em nome de mitologia. Mitologias diferentes criam guerras milenares.
Um cara pode tirar sua vida em nome da mitologia. Alias, pode se perder a vida por pouco: Um olhar errado, um relógio cobiçado, um lugar e dia errado. Mata-se por qualquer coisa, e dá se valor a coisas imaterias como se fossem certas e exatas. E paira no ar certo assombro pelo valor que se da à vida.
Diante de todos os absurdos, como se sentir pelo valor da vida? Qual o valor real que existe?! O valor que dão é tão comercial quanto o dólar e deveria estar na bolsa de ações.
Uma vida nascida negra e pobre em um país emergente, vale menos que uma branca e rica nos países de primeiro mundo. A vida tem referencia em valores abstratos também. Ídolos, mitologias e regras que se baseiam a vida moderna. Tudo sendo seguido à risca para melhor funcionamento de todo o cosmo, universo, etc. e tal.
Ao acordar todos os dias e ver o absurdo paradoxal e hipócrita que se define sobre minha força de trabalho, meus dias e meu sangue, pergunto-me: "Até quando? Até quando?".
E ainda vou além e pergunto, em um sentimento de indefinição que paira eternamente nos segundos diários: "O que farei (farão) com minha vida?"

Diante cada fracasso e obstáculo intransponível, fica difícil imaginar a razão existencial em ter o sofrimento como parte constituinte da personalidade hibrida de sorrisos amarelos e melancolia.

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