terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A Dor que Transgride


A dor que transgride em fome.
A dor que fere a pele atravessando a carne e chegando aos ossos. Silencia o grito transcendental, pois não há mais voz nessa garganta para tanta dor.

Ela consome por dentro dos ossos, todas as células em sua intrínseca voracidade que chega até a alma. Dela não basta mais nada.

Consome a alma e se delicia. A dor encontrou sua morada e devora por dentro todos os sentimentos a ponto de deixar uma casca vazia, um corpo catatônico sem expressão.

Vazio perambulante, algumas vezes demonstra sinapse e vultos como se houvesse alguém ali. Mas é momentâneo o efeito. Não há mais ninguém. Só a dor consumida e uma figura caminhante sem vida.

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