quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Amor com pólvora



200 balas de persuasão por minuto, um grande abraço com dinamites na cintura.
Palavras de amor caem com napalm pelo céu. A esquadrilha da fumaça desenha um coração no anil, cheio de fogo e paixão.

Drones apaixonados desenham sobre o chão com canetas de 70 mm de chumbo e pólvora.
Quebrando a barreira do som, as preces por um dia melhor vem estourar vossos tímpanos.

Amizade eterna feita entre esses belos senhores, estampando sua bandeira com tanta honra e harmonia. Não é violência se é para ensinar. Não serão violentadas se não forem para aprender.
As mãos inimigas são amputadas, as crianças e mulheres violentadas. Temos um amor imenso pelo nosso povo.
O cheiro de queimado é dos corpos que atiçam a fogueira. São menos que nada, menos que carvão para churrasco.

São bilhões que entram na sua fronteira. São bilhões de motivos para você ter que perecer. Cada rajada de metralhadora, soa como poesia. O Deus dos desvalidos e necessitados não encontra prece aqui, pois a Morte já se encarregou de levar seus fiéis. Não há misericórdia maior que livrá-los desse terceiro mundo. O chão vale mais que suas vidas. O óleo dos nossos carros é mais importante que seus cotidianos.

400 balas de persuasão por minuto, um grande abraço coletivo, com dinamites na cintura.
Palavras de amor caem com napalm pelo céu. A esquadrilha da fumaça desenha um coração no anil, cheio de fogo e luxúria.

O apocalipse é aqui e agora. De todas as noites bem dormidas e dos sonhos bem sonhados que vem do pesadelo.
O apocalipse de maneiras e trejeitos. O apocalipse perdido no tiroteio do armamento vendido a sub-humanos que vendem diamante pelo preço de sangue. Que vende o pó que escorre pela narina dos bons de berço. O apocalipse é eternamente agora.

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