domingo, 30 de novembro de 2014

Na Sala uma Chafariz de Chocolate




Na sala uma chafariz de chocolate jorrando sem parar. Uma limusine com aro de 20 polegadas forradas em ouro. Uma linda mansão com 3 suítes para cada parente. Mas, infelizmente o dinheiro não faz andar sobre o ar, andarilho dos centros urbanos, não precisaria esbarrar nesse mutirão de pobres malditos e nem olhar para os ônibus lotados cheios de fadigados antes das 08h00 da manhã.

Mesmo afortunado, não se faz intangível a toda sorte. Dos males que afligem o ser humano, do latrocínio e da inveja violenta de ter algo que não se necessita, realmente. As balas não param em pleno ar por causa do dinheiro; e os sequestrados não deixarão de escolher um cativeiro por causa do status quo. 

Tendo tanta indiferença correndo dentro do DNA, é compreensível se sentir um brâmane tupiniquim, já que antes as mucamas e os servos trazem seu mingau na cama. O mundo acaba todos os dias, para todos aqueles que não sabem o que é o mundo, e como ele se enfraquece diariamente. 

O corpo está moribundo e sedento. A seca é o que mais se agrava. Os lordes não entendem do enfraquecimento dos vassalos é físico e mental. Os plebeus estão sobre controle, desde que não seja apresentada a realidade massiva de que são controlados. 

Um pouco de migalhas para apaziguar a mente conturbada. Um programa legal para espairecer a mente já vazia. E tudo está conforme tem que ser. A pirâmide estamental sobre a base esmagada de sempre. Não descobriram ainda que o ouro não faz o ser invulnerável ou intangível a todos os males. 

Que se vive interdependente nas aldeias globais. Prega-se o amor ao próximo dentro das catedrais e cultos, mas esquecem no minuto que se põe o pé para fora. 
Esquecem que nascemos iguais e apodrecemos iguais, ou com mínima diferença de onde quer que se jogue as cinzas do seu corpo carbonizado.

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