quinta-feira, 25 de setembro de 2014

"boa noite amor, ahora estoy bien!"


Queria dizer "olá amor, como vais?"
Mas o mundo e sua gravidade parecem permanecer nas costas desse atlas gordo e falido demais.

Queria dizer "bon jour, mon amour"
Mas a dor que não destina sem doer, é infindável nessa morada em que pousou.

Queria poder sorrir verdadeiramente como nunca pude antes,
Mas me corrói algo inominável em meu cerne, nos tornando distantes.

Queria dizer "Como estás, feliz?", sem sentir o peso que não deveria sentir,
Peso imaterial e irreal e o fedor de que algo deu errado sobre meu nariz.

Essas incertezas e ansiedades não ferem como se fosse por bala, ou não sangram como se fosse por faca mas, matam pouco a pouco como um veneno moroso e cruel que me joga na vala.

Um dia devo dizer, "boa noite amor, ahora estoy bien!". Espero ansioso esse dia, pois há tanta riqueza no mundo e dentro de nós tamanha pobreza, camuflada para ninguém ver.

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