sábado, 6 de agosto de 2011

Queria cessar toda a tristeza.

 
Queria cessar toda a tristeza, mas como viveria o mundo só de alegria?
Queria poder deixar a dor pra lá, mas como viverei só de prazer?
As sensações se perderiam no mundano. Os sonhos seriam o cotidiano (para que dormir afinal?)


Poderia deixar de chorar, mas como seria viver só de risadas?
Se meus dias fossem somente sol, as plantas não morreriam de sede?
Queria que não fosse o idealismo tão extremista. E que não fosse preciso culpar os anjos e absolver os demônios para poder se exaltar os idéias super-humanos e inalcançáveis.

Queria não ter que discutir com quem amo, mas como seria nossa vida vivendo somente da “paz”?
Quando a sensação se perder, quando a realidade for aquilo que apenas “se acha” que lhe parece melhor... Até parece que está no olho do furacão, aguardando a destruição em meio a uma falsa calma. Como sentir o prazer sem sentir a dor? Como saber o verdadeiro sabor dessa vitória?

Em momentos ruins dizem que nem tudo é feito de cravos, pois há rosas! Em momentos bons, devemos também perceber que ainda existem cravos, nesse mar de rosas.
O que devemos, é vencer a morfina, e sentir a dor. Viver e vencer, da forma que pudermos fazer. E os sonhos... Serão para sempre sonhos, a serem realizados como ideais. E quando chegarmos ao ideal, o que nos faltará então?

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