sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Estamos cansados de estarmos sempre errados.


Estamos cansados de estarmos sempre errados. Estamos cansados de perder o último ônibus. Estamos fartos de sempre perder nos jogos ditos como de "azar".
Estamos cansados de sermos os cavaleiros errantes. Os esquecidos que possuem Alzheimer. Cansados de sermos os príncipes sem reinado que viraram sapo. Os flagelados que sofrem de indigestão.

Estamos sem ânimo para assistir novas coroações, ler cartas de amor ao luar e mandar beijo para a sogra ao vivo na tv. O último suspiro sempre foi dado por nós. As lágrimas que caíram passaram pelos nossos rostos. As rugas do rosto não escondem a imaturidade presumida.


Os erros ainda são nossos amigos, e agora nos vemos como crianças crescidas, assim como nossos pais. Sabemos dos erros e inseguranças, sabemos dos medos e os confrontos infindáveis que nos perseguem. E agora, percebemos pelos olhos nos espelhos, como estamos cansados disso tudo.

Vivemos desconcentrados e fora de foco, a atenção é repartida entre diversas opções. Nossa opinião não vale mais como valia. (Talvez nunca tenham nos ouvido). Só esperamos as bestas passarem de carro gritando e disseminando seu ódio.

Sempre esperamos: o ódio passar, o desejo latejar, o mundo girar, o senso fictício de justiça nos alcançar e a forca de vontade se esmorecer. Só nos basta esperar, reclamando como “velhos-gagas imaturos” e sermos o que já estamos sendo... Cansados de tudo isso.

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