Sou um otimista convicto, pois sempre espero o pior.
Adepto das leis de Murphy e gosto de calcular todos os possíveis desastres.
Tento ver sempre as piores hipóteses e todas as alternativas falíveis que resultarão das mesmas.
Eu acredito na sorte...na má sorte!
Quando vou pegar o metrô, sempre espero que venha lotado, e ainda pare por algum motivo entre as estações.
Quando pego um ônibus, espero que ele atrase, e quando venha, chegue lotado e ande bem devagar ao meu destino.
Quando vou entregar um currículo , espero não ser chamado, e caso eu seja, provavelmente não passarei na entrevista por "n" motivos.
Quando acordo, eu já sinto que estou atrasado.
Quando vou almoçar, penso que comi demais, e que isso vai se acumular como gordura e dar uma bela silhueta no abdômen.
Na hora de dormir, é bom pensar numa boa posição, pois provavelmente vou dormir de mau jeito, ficar com a coluna comprometida pelo colchão velho, ou com dor no pescoço por causa do travesseiro.
Mas só penso essas coisas pois sou um otimista...e além de otimista, gosto de surpresas...boas surpresas.
E para não dizer que sou "dono da verdade" ou "tenho razão em tudo", gosto de ver meus prognósticos falharem, e me surpreender com tudo.
Assim, tudo é surpresa, até um banco vazio no ônibus.
É que "lá", bem escondido, tem um piteco de esperança. E esse otimismo se alimenta dele.
Assim, posso dizer, sou um otimista convicto e sempre lá no âmago, espero que tudo dê certo, e que eu me surpreenda com tudo que previ errado.
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