Disseram que a vida não é justa. Compreendi.
Mas precisava ser tão hedionda? O que há de errado com a realidade que é tão torta em nossas cabeças?!
"Há mais entre o céu e a terra que sonha nossa vã filosofia". Entendi perfeitamente. Mas muitos afirmam saber exatamente tudo que condiz entre os extremos e não admitem sua absurda incapacidade de perceber sua existência paradoxal.
"A vida é uma escola". E meu aprendizado é eterno... Ainda sim, ei de desafiar a lógica, já que percebi que não há lógica que salve nossas vidas.
Esperava que a poesia salvasse. Que os versos ou a prosa tirassem toda a desgraça da vida. Que a distopia se transmutasse em utopia.
Que os contos e os cronistas pudessem dar a moral no final de cada dia.
Esperava que as ideologias fossem mais humanas, e que ideias refletissem para a humanidade. Só sobrou a hipocrisia mascarada, por trás de papéis em cenas falsas, mais falsas que a nota de 3 reais.
Não há mais "soma" para nos satisfazer em nossa alienação como em se descobríssemos um admirável mundo novo. Há a tristeza em forma gasosa, que entra em nossa artérias e absorvido em nosso sangue. Como se tomasse pílulas de tristeza.
Esse espaço é onde exponho meus devaneios mundanos...Enquanto ser existente, sou pretensiosamente reflexivo.
terça-feira, 24 de março de 2015
sábado, 14 de março de 2015
Tragicamente Sincero (Causa Mortis)
Tragicamente sincero. Em certo ponto não interessa mais mentir. (Nem
para salvar sentimentos alheios ao seu). Notoriamente frio, parecia um iceberg.
Sentimentos morrem e apodrecem sobre essa crosta que parece sua imagem. O
cheiro pútrido não se fazsentir, pois um sorriso amarelo disfarça qualquer
sensatez ou culpa.
O Sentimento está morto. É preciso ser um andróide ou ter uma alma
desalmada. Ser provido de um coração gélido que faria pingüim sentir frio e
pegar gripe aviária. Um andróide sem sentimentos programado para sorrir quando
outros o fazem capaz de chorar quando programado.
Não é preciso muito para fazê-lo chorar realmente; é só mostrar o mundo
como ele realmente é. Um mundo doente cheio de pessoas doentes se contaminando
de loucura e outras coisas mais que matam o corpo hospedeiro.
Foi frio, como se recém-chegado da Finlândia. Ser um iceberg que anda,
fala e gesticula. Se fingir entre os semelhantes que nada se assemelham cá
dentro. O amor acabou de acabar. Mataram-no há alguns anos e nunca avisaram.
Morreu de desgosto. Morreu de fome como tantos que faleceram por ai. Morreu de
morte morrida ou morte matada?
Causa mortis é uma incógnita. Ainda sim, ficou o corpo, exposto ao
mundo, andando e falando atipicamente. Um zumbi estranho que tenta se misturar
ao povo vivo. Tudo que passa deixa uma seqüela pós-morte.
terça-feira, 3 de março de 2015
Hoje Eu Acordei Atônito
Hoje acordei atônito.
Pensando na infinidade do universo, nas limitações humanas e em todas as formas
de poder que corrompem: desde a motivação de um ditador do continente africano
que é amparado por petrolíferas e mineradoras, que compra armas a 70 mil dólares
para dar a pré-adolescentes e fomenta chacinas locais e controle de medo...
Até as doces ilusões que fazemos questão de aceitar. Todas as ilusões confortáveis e a mentiras que adoramos ouvir para prosseguir contentes e confiantes no futuro de nossa realidade. As sensações e sinapses que tenta nos enganar minuto a minuto.
Hoje acordei atônito, pensando no sistema que estamos inseridos e coagidos a sermos como querem que sejamos. Da cultura passada de pais a filhos e por difusão facilitada pelas tv´s idiotizantes, das religiões que criam nossos dogmas e medos das perguntas que não sabemos (e muitas vezes, nem queremos responder) de todo contexto físico e social que retrata nossa concepção de mundo e nos excluí de espaços de forma financeira e até física. Constatamos que o absurdo é crível, respeitado e natural.
Até as doces ilusões que fazemos questão de aceitar. Todas as ilusões confortáveis e a mentiras que adoramos ouvir para prosseguir contentes e confiantes no futuro de nossa realidade. As sensações e sinapses que tenta nos enganar minuto a minuto.
Hoje acordei atônito, pensando no sistema que estamos inseridos e coagidos a sermos como querem que sejamos. Da cultura passada de pais a filhos e por difusão facilitada pelas tv´s idiotizantes, das religiões que criam nossos dogmas e medos das perguntas que não sabemos (e muitas vezes, nem queremos responder) de todo contexto físico e social que retrata nossa concepção de mundo e nos excluí de espaços de forma financeira e até física. Constatamos que o absurdo é crível, respeitado e natural.
Tenho medo do amanhã.
Eterno amanhã. Medo do futuro. Presente de um futuro esquecido.
Quando escreveram o
script da vida, acabei lendo e não entendendo. Estudar, se formar, trabalhar,
formar família e ser feliz. Acho que esse era o esboço, mas quando estava
ensaiando não entendi. Ficou superficial demais. Sem sentido e nonsense. Há
algo de errado em minha interpretação.
Quando Newton
descobriu a gravidade, queria que cobrisse novamente. Só para saber se é ela
essa força enorme que esta sobre mim. Não é nenhuma rocha que eu carrego; nem
chapéu ou boné apertado sobre a cabeça. Parece ser um peso invisível. Metido a
Atlas pós-moderno, vive o complexo de herói incompreendido. Hoje acordei
atônito, quase imperceptível saber se estou mesmo acordado. Acordei atônito e hesito em dormir. Dormir para ter que sempre acordar mais um vez; Atônito.
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