domingo, 4 de setembro de 2011

Ritmo Alucinante (vida corrida).

 
A vida continua em um ritmo alucinante, e por vezes se torna um marasmo infindável.
Tudo correndo, acorda-se atrasado, arruma-se com a velocidade do pensamento: "vou perder o ônibus". Come-se com pressa, pois "o projeto esta atrasado, preciso me adiantar".
Já não lê mais livros (filmes são mais dinâmicos), corre tanto que o coração se nega acompanhar.

Acorda meio que no susto, se lava lamentando ter dormido tão pouco.
Seu incentivo é comprar um carro, para se locomover ainda mais rápido. Olha o relógio no pulso, o relógio do celular, o relógio das microondas, e espera que todos estejam errados.

Corre e não se incomoda com o sereno, pois logo estará em cobertura. É preciso correr, para não perder o ônibus, o trabalho, os bens, e o ciclo que sempre se repete.
É de se cansar às vezes (ou quase sempre), mas é preciso correr, pois tempo é dinheiro e se tem tão pouco tanto do dinheiro quanto do tempo.

A vida se segue, os parentes envelhecem e se perde o contato humano, o pouco que se tem fora dos sonhos, pois eh preciso correr o tempo sempre urge.
O relógio parece não ser seu grande fã... A preguiça grita mais alto que os deveres. Tanta coisa pra se fazer, e tal do tempo tão escasso.

É preciso correr, uma eterna maratona, para chegar no horário, mas nunca o consegue.
É um dos últimos da corrida, mas continua persistindo, porque sabe que precisa correr.
Tão ocupado, tão ocioso, e tão sem tempo. É preciso correr, às vezes sem saber porquê.

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