quinta-feira, 2 de maio de 2013

Uma Visão sobre a Miséria.


“Todos tem a mesma chance de alcançar o sucesso”, “O sol nasce para todos, só não enxerga quem não quer”, “O sucesso no trabalho e a consequente riqueza poderá ser um dos sinais de que está entre os escolhidos de Deus”. ( Como diria João Calvino, que revolucionou a ideologia burguesa)

Existem diversos ditados, diversas ideologias difundidas pelo tempo em que exemplifica que a justiça divina recompensa àquele que trabalha mais com riqueza. Aquele que for “melhor” será o mais rico. A riqueza é uma recompensa, um prêmio, com conceito de meritocracia.

A pobreza existe às vezes como arma ideológica. Em certos países, a pobreza é fruto da riqueza, onde recursos naturais e corrupção geram a ruína econômica e ainda sim privilegia alguns poucos, tornando-os ricos em terras de esfomeados.

As favelas persistem desde o século passado, e se mantém afastadas dos centros física e psicologicamente. O pobre de fato, é tratado como um “gado”, quase uma forma de vida subdesenvolvida, que existe para determinado fim (consumir) e já ganhou até apelidos como “proletariado”, pois criaria uma “prole” que viria a ser uma nova engrenagem no maquinário existente.

Existe uma admiração pelo cidadão bilionário, uma admiração que beira a inveja. Na verdade, o “mais rico” é visto como sonho de consumo, um ideal a ser alcançado; Sucesso legitimo de quem chegou “lá” por suas próprias pernas e qualquer um pode chegar lá!

Na verdade, a pobreza (para quem defende o sucesso de alguns países diante de crises pós-guerra da Europa ocidental), vem de suas pessoas, e nada tem a ver com a intervenção do estado junto com multinacionais que exploram o meio em que estes vivem. 

Em primeiro lugar o desrespeito e a visão diferenciada daquelas pessoas que se acham melhores e quem por direito devem estar em tal status social, é a pedra fundamental da exploração. Se houvesse a inversão de papéis daqueles que se acham diferentes, talvez mudassem de ideia.

A extrema esquerda com seu autoritarismo mata as claras, dissemina ódio e controle estatal. A extrema direita mata as escuras, de fome, cria abismos culturais e sociais, com alusão a liberdade e livre comércio. Mas a concorrência segue desleal, e a ajuda estatal vem a cavalo quando o lucro cai em alguns países filiais. Bancos galopam a lucros históricos batendo recordes enquanto países de 1º mundo enfrentam crises colossais por meses ou anos. 

A pobreza é argumentada em dados, estatística e dificilmente se entra em méritos nos detalhes que poucos querem ver: 
"Quem se importa com uma criança negra, com doença, na África sub-saariana?" Quem se importa com um nordestino que vive na seca sem perspectiva alguma no Agreste? Quem ao menos imagina que um morador de favela do extremo sul da cidade de São Paulo (a mais rica do Brasil), possa ser útil a sociedade de forma direta?

 Os sentimentos influem na pior maneira em análises sobre a solução de problemas básicos que concernem a miséria. Foi o preconceito que fundamentou a escravidão, e posteriormente, cuidou de criar as diferenciações sociais, como uma parede invisível em diversas sociedades, e essa parede que se posta como  um muro maior que a muralha da China, em frente a pessoas e grupos sociais.

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