terça-feira, 21 de maio de 2013

Bolsa-esmola e o Complexo de Vira-latas.





"Boato sobre fim do Bolsa Família leva multidão a lotéricas”


A luta ideológicas de classe voltou com carga total, um rumor, um furor, quebradeira, insultos. Aqueles que esbanjam os R$ 306,00 para alimentar 5 dependentes ( e comprar talvez futilidades), contra aqueles que esbravejam sobre pão e circo do governo, compra de votos, ou o melhor “o governo tem que criar emprego para esses vagabundos”. Ideais, de idiotas que combatem outros idiotas. 
Em meio a crise externa europeia e norte-americana, o país se mantém estável, apesar das brigas partidárias e de no final ser escolher o mal ou o “pior de todos”, tudo se resume a pequenas vitórias, quando se trata de “farinha do mesmo saco”.
Como a esmola que dê para comprar um pão com manteiga, e um café com leite, tudo se resume a pequenas vitórias.
Enquanto o Estado de bem-estar social , foi orgulho e vitória de países como Noruega e Suécia, algo imitado porcamente, mas que enfim, reflete um pouco do que deveria ser no Brasil, o ideal recai sobre o país, em forma de protesto. O elitismo quer mais força de trabalho, a cana não se mói sozinha.

Discursos utópicos sobre educação, em um país reincidente em corrupção, que ainda assim, é um dos mais ricos do mundo a algumas décadas, mantem acima de tudo ricos milionários, bilionários e parlamentares (81 que  tem um custo de R$ 135,8 milhões anuais), e a culpa se recaí sempre do lado mais fraco, os menos cultos, aqueles desprovidos de educação ou apenas de perspectiva de melhora. É bem mais fácil bater do lado mais ignorante e fraco. Não se questionam sobre os desmandos de prefeitos, o maquinário de cabides de emprego e negociatas que rompem com o principio de licitações.
Mas o conceito de “Bolsa-família” ou Bolsa-esmola é o que agride mais a visão.

O modelo ideológico brasileiro, é importado, clonado e não-aperfeiçoado. Pegaram um pouco do conceito Calvinista anglo-saxão, com o melhor que perpetuou dos ideias escravocratas de um país que se tornou o último a partir os grilhões da escravidão. 
O conceito de emprego e omissão ao patrão pela esmola mensal é levado a extrema obediência. Questionar sobre o que está pronto e definido é demais, não importa se é certo ou errado, ou se o conceito empregado esta defasado 59 anos. Bater o ponto e não reclamar. 

Direitos de um presidente populista da década de 30, é o que garante o sorriso amarelo de milhões de trabalhadores atualmente. Tragar a dor e engolir a labuta, e agradecer o sonho de consumo que se repete com um ciclo: carro novo (financiado), tentativa de compra de casa própria (impulsionada pela especulação de construtoras milionárias), e todos os pequenos sabores que podemos aproveitar.Ninguém percebe que a manipulação é irrestrita e independe de bolsa-família, ou  redução de IPI para compra de carro novo para a nova classe média.
Mas o que mais incomoda é um fato estranho, independe de teorias de controle estatal ou da perfeição do estado (que sempre será imperfeito)...

Se uma pessoa ganha R$ 306,00 por mês para morar na favela, porque isso incomoda? Morar na favela, uma situação sem muita escolha devido aos altos preços dos imóveis nos grandes centros, não deixa muitos revoltados, nem mesmo a ausência de vagas em faculdade pública a pessoas com poucas posses já que a legislação garante que “aqueles mais preparados, usufruem de curso gratuito”. O pobre será o vira-lata, se olhara como vira-lata e será tratado como vira-lata, por aqueles que possuem uma situação social melhor, assim como seus semelhantes em agouro também farão. ( Não se incomodam tanto com o gasto anual dos parlamentares)

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