segunda-feira, 11 de março de 2013

O Sonho do Mercado Livre!


Enquanto se acha que o livre mercado é a saída, não se pensa em todos os acordos por debaixo do pano. Conglomerados sendo formados nas surdinas, acordos empresariais que se aproximam do termo “Cartel”, oligopólio é a nova forma de mercado, transvestido de liberdade. A democracia se mescla na política intercontinental das empresas que utilizam trabalho terceirizado, para diminuir seus custos. Os países de origem da matriz se tornam apenas uma lembrança, pois a verdadeira força das multinacionais é motivada pelo outsourcing e venda intercontinental.

Enquanto o mais simplório cidadão de classe média do país emergente se ilude com teorias do livre mercado tão apregoados pela mídia corporativista, e ainda defendem a concentração de renda por uma minoria que se mantém no poder a gerações que por intermédio de uma concepção já secular, se imagina um dia ser tão rico quanto o seu admirado ídolo milionário, sem pensar na constatação que entre eles, quanto menos milionários, maior é a repartição do lucro!

A ideia de “O trabalho enobrece a alma”, e “ele é rico e fez por merecer, trabalhando”, ainda se esconde no subconsciente ignorante da maior parte da população. Não se leva em conta os artifícios usados para alcançar os seus objetivos. Enquanto o “bem-estar social” é algo que parece estar longe de um país emergente, e o mesmo sofre duras penas na realidade globalizada, e enquanto a participação de lucros da empresa parece ser um conto de fadas que só existe em mundos utópicos, continuamos subdesenvolvidos.
Não se contesta a concentração de renda ou concentração midiática, por quê? 

Talvez o sentimento de inveja com o pouco de admiração de querer se tornar aquele padrão rico e “bem-sucedido”, além da ideologia de “ter é poder”, seja uma das alavancas que constituem o mercado ocidental, principalmente no Brasil, onde a ideologia conflituosa se permanece desde a escravidão aos dias de hoje se arrastando pelas sombras, não sendo invocadas de boca cheia, mas que persistem com arquétipos raciais e sociais, em uma luta de classes que persiste desde os tempos da senzala, passando pelos cortiços e aterrissando nas milhares de favelas existentes que rasgam a região periféricas das grandes, médias e também pequenas cidades.


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