quinta-feira, 7 de março de 2013

Cotidiano Ordinário.


Olhos cansados, pensativos e amontoados em todos os seus problemas do dia-a-dia. Pensar além da necessidade é quase um crime bestial. Acomodar-se em seus sofás e manter a mente desligada a maior parte do tempo, é o segredo do sucesso que inibe a taquicardia (não é bem um sucesso, mas sim uma forma de lobotomia social).

Pagar as contas do mês, ser um servil devoto, se amontoar sobre os vagões da vida, e agradecer por tudo que lhe é dado na volta do seu percurso diário e amaldiçoando todo o martírio na ida.
É possível aguentar quase todo o sofrimento, virar o rosto para oferecer a outra face, porque é assim que tem que ser (sem muita sensatez), e alguém um dia a muito tempo atrás comentou algo nesse gênero (talvez!).

É preciso aguentar até o último suspiro, se enganar com os prazeres momentâneos como se fossem eternos e temer o que não conhecido a cada respiro.
O medo é quase irracional, transformam os reis em simples animais, os donos em simples peças. 

Toda a forma é mudada para se sentir medo, e se sentir inseguro e para lutar pelo pão pisoteado pela figura mítica do mal que reside em vossa cabeça. No fim, de cada prece, no fim de cada dia, a busca da redenção eterna, e a sensação de que tudo deve valer a pena, porque senão, seria ilógico viver dessa maneira severa.



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