segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Vida cronometrada.


Vida cronometrada, dias passam, saudade bate e desencontros acontecem. Ritmo incessante e contínuo. É difícil parar para ler ou ouvir o próprio coração batendo. Ritmo intenso, como se o amanhã já estivesse cobrando o dia de hoje.

Vendemos o sono e muitos dos sonhos para sobreviver. Quando confundimos futilidades com conforto, pagamos um alto preço por isso.

Corrida contra o ponteiro, tudo tem sua hora marcada. Não se atrase para não ser demitido, não se atrase para a consulta, não se atrase, senão sua namorada surta.

Vendemos a hora por diferentes valores e assim quantificamos nosso esforço e conhecimento adquirido em um não tão complexo mercado de trabalho de tendências especulativas.

Taxamos à hora e esbarramos entre o social e formal. A vida é o que temos em nosso expediente. Nossa saúde é o que depende do nosso convênio.

Nosso alimento depende do quanto recebemos de vale-alimentação. A beleza que nos é vendida é deveras atraente, nos faz correr atrás desse ponteiro e vender nosso tempo de existência para consumir tudo que noticiam.

As responsabilidades batem na consciência e a família depende cada vez mais desse tempo vendido. Estamos perdendo tempo, estamos vendendo o que temos de mais precioso sem saber. Porque ninguém aparenta se importar com isso.

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