sábado, 15 de janeiro de 2011

Só mais um pouco, um sábado, uma vida e seus afazeres.


Só mais um pouco, um sábado, uma vida e seus afazeres. Dias vazios, mundo girando em todas as suas confusões criadas por si. Um banho no final da noite, um descanso com olhar sobre o nada. Descansa mais do que deves, repousa mais do que queria. O coração reclama de batimentos. Os amores de outrora renegam sua face. Palavras sem significados, momentos perdidos no tempo (espero que tudo tenha sua razão, afinal)

Menos um pouco, sem vida agitada, sem os calores do passado. Movimento inerte, só mais um dia parado no tempo e no mundo. Pensamentos vem e vão sem resolver o que será de amanhã e do mundo. A tristeza bate e corre, como se fosse um meliante no meio da rua, buscando a liberdade na fuga. Buscando sonhos em um mar perdido. Lembrando de terras que a maré levou.

Quer sempre mais do que pode. Aspira sempre um céu impossível de se chegar. Anda perdido em terras conhecidas. Território impróprio para andar sonhando. Mar revolto e por vezes calmo. É estranho se sentar na brisa do mar e aproveitar, tamanho é o medo de novas tormentas.
O rosto, no reflexo desse espelho d água, lhe traz alguém que se foi. Esse reflexo lhe dá as falsas esperanças para um futuro distante.

Tudo que foi perdido e não retorna. Toda a energia gasta. Todo o amor vivido. É só um pedaço do tempo: uma recordação.
Falta os sabores, pois nada mais lhe agrada. Falta os prazeres, pois nada mais lhe sacia. Sede sem água, fome sem comida. Sobra só as recordações. Pensamentos perdidos em fragmentos.... Aspira e bate coração. Bate coração. Bate.

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