sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Só resta uma mágoa


Só resta uma mágoa. Aquela de querer acreditar demais.
Só resta uma dádiva. Aquela que usamos de forma tão inútil.
Só restam mais alguns dias. Aqueles mesmo dias que faremos tudo igual. Dias iguais.
Só. Não resta. Sobra. (Fútil).


Ainda temos que assistir ao espetáculo e comer daquele pão.
Ainda tempos que agradecer pelo que é nosso por direito, pois alguém nos disse que não era mais.
Podemos pegar a coragem de algum passado ufanista e nos comovermos, com tamanha emoção.
Podemos acreditar em tudo que nos ensinam, como fruto da melhor das intenções (amor igual assim, só a dos nossos pais).


Aprendemos bem o que nos ensinam, vivemos bem do jeito que querem.
Somos assim tão naturais, com tantas ideias e sempre conformados.
Somos um pouco de cada um, universos próprios que se convergem e eventualmente, se ferem.
Temos tanto que não sabemos. Não criamos mais, pois vivemos dentro de nós, confinados.


Ainda resta uma mágoa. Aquela que usamos de forma inútil.
Ainda resta aquela dádiva. Aquela de sempre acreditar demais.
Ainda restam mais alguns dias. Mesmos dias que podemos deixar de ser menos e sermos mais.
Ainda. Resta. Falta. (útil).

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