sábado, 9 de outubro de 2010

Meu querido Trabalho


 O trabalho é um fator econômico. Usualmente os economistas medem o trabalho em termos de horas dedicadas (tempo), salário ou eficiência.


 Mercado de trabalho relaciona aqueles que procuram emprego e aqueles que oferecem emprego num sistema típico de mercado onde se negocia para determinar os preços e quantidades de um bem, o trabalho. O seu estudo procura perceber e prever os fenómenos de interação entre estes dois grupos tendo em conta a situação económica e social do país, região ou cidade.


Trabalhamos por que precisamos. Nascemos para isso. Somos filhos do trabalho. Desde o Rei Romano, Sérvio Túlio até a concepção Socialista de Marx e Engels, Somos os filhos dos pobres, aqueles que dão a luz para novos trabalhadores (vulgo proletariado), que estudarão, se aperfeiçoarão para vender sua hora em troca remuneração. Desde o Império Romano onde se recebia o “salário” (sal em troca de serviços prestados ao exército), passando pela reforma Fascista de Mussolini onde se instituiu a idéia de salário-mínimo.
Em troca da remuneração, trocaremos por tudo aquilo que nos vendem e anunciam com tanto glamour. Esse é mundo em que vivemos... E porque seria diferente?


Do chão que antes se plantava, que hoje está na mão daqueles que fazem uso melhor dela. 

O condicionamento vem do primeiro dia da escola até o dia do último suspiro, e é “levar o sustento para casa”, pois se pensar o contrário serás um inválido. Será um inútil. E somos levados a crer que nossa única opção é vendermos nossas horas, e de nossas horas toda a nova vida, a alguém que contabilizara nosso trabalho, nosso esforço e eficiência e esse pagará o preço que custamos a ele. Nossa vida vale tanto quanto podemos produzir. Nós somos o que podemos ser (e ter).

Desde o império Romano a evolução do liberalismo econômico, vimos a escravidão e o fim da mesma atreladas ao mesmo fato: Maiores riquezas. Uma “mão invisível” que parece justa e exata no equilíbrio sócio-econômico global. Um mundo criado pela necessidade de se consumir tudo que se tem hoje. Porque no amanhã, será tarde demais (ultrapassado!).


Nossa vida se limita na perspectiva de se materializar tudo que sonhamos. E os sonhos são financiados a todos os clientes. Querer mais do que sempre quis. Não importa a diferença ou indiferença. O limite está avaliado em papel moeda. Os valores estão na bolsa de ações. O suco de laranja subiu 1,5% hoje. E o mundo mudou muito nesse último segundo. 


Novos prazeres, o HD de última geração já não é útil quanto o novo que lançou. O Iphone de hoje multi-facetado, será inútil daqui 2 anos. As idéias que fundamenta tudo e que fomenta todo o consumo de hoje, foi criado a 3 séculos, e pouco revisado, apesar de ter se criado diversas técnicas e termos tido diversos avanços no campo técnico-científico.

Aparentemente, não existe motivo para se questionar. Entre revoltas e revoluções, tudo pareceu ficar o mesmo. O vilão virou o mocinho, e quem deveria ser o mocinho se tornou o vilão. Mas não existem heróis verdadeiros. Os valores estão penhorados, e o crédito está um absurdo!

Com 14 yans compra-se um bom saco de arroz.
Com 120 euros, compra-se um bom par de tênis.
Com 120 dólares um aparato tecnológico para nosso entretenimento.
Com 4 reais, se compra 20 pães.

Só não se sabe quanto vale o ser humano. Conceito difícil de mensurar na bolsa.

O dinheiro tem diversos valores. Diversos nomes. Mas o mesmo propósito. A simples quantificação e padronização no comércio. O triste da história é que o papel obteve mais valor que a carne. Seja ela humana ou do açougue.
O mundo do “eu” manda no do “nosso”. A vida se banaliza. Nosso trabalho é sumariamente importante, e pensar em qualquer outra coisa leva tempo... E tempo é dinheiro. Não podemos perder tempo. Não podemos perder! Jamais.


Arranjar trabalho é fácil, pois trabalho é infinito, só ver o exemplo de Sísifo! O difícil é arranjar emprego. Mais difícil ainda é descobrir qual o verdadeiro valor.
Da infância ao fim da vida, tenha um bom trabalho!



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