segunda-feira, 26 de julho de 2010

Via Láctea.


Universo conspirante. Vive imensa, se expandindo, crescendo como um jovem adulto.
E daqui, não vejo o seu olhar, na verdade não sei se me vê como vida qualquer...
Pode ser que nem mesmo a terra me veja como um organismo.
Apenas uma partícula de água nesse deserto.
Só mais um grão de areia dentro do Oceano.

Pequeno e cheio de suas pequenices, vivendo, transpirando e remoendo o mesmo pão velho... e dentro desse sistema vivo chamado “Mundo”, talvez,  esse planeta seja apenas mais uma célula de um corpo infinitamente maior. È bom admirar essa beleza, ou pelo menos ter noção da infinidade. É bom se perder nesse véu, mesmo que não tenha janelas para observá-lo... Pelo menos dentro da mente, o espaço é próximo.

Nesse respaldo de não conhecer o infinito nem mesmo na matemática, esse gigante abissal repleto de estrela e vivendo nesse vácuo, nos foge da definição qualquer. Foge até da imaginação humana de se contemplar algo tão imensurável. Fico aqui parado preso nessa roda viva, girando todos os dias em torno de si sem ficar tonta.

Não há como não admirar seu corpo negro, sua vastidão de brilhantes. No meio de tantas coisas importantes como o resultado da loteria que nunca acerta e o casal mais lindo da novela, vive sem explicação. Talvez nem seja tão grande assim. Talvez seja mais uma célula dentro de outro corpo... E a nós, só nos cabe o papel de ser rebaixados a átomos, ou quiçá apenas Quarks!

Apenas um pedaço de átomo, um tanto atônito de se descobrir aos poucos nessa imensidão de microscopia universal. Apenas mais um formiga, nem um pouco biônica, muito mesmo “atômica” como acontecia muito na minha infância.

                                        

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